O extenso dia de protestos estudantis no Chile, que terminou com uma grande manifestação noturna pelo centro de Santiago, deixou 172 detidos e nove policiais feridos, segundo um balanço oficial divulgado nesta sexta-feira.
As manifestações foram convocadas por estudantes em repúdio à repressão policial e para pressionar por uma reforma educacional em andamento considerada insuficiente por eles.
Os confrontos explodiram ao fim de uma manifestação pelo centro de Santiago e se concentraram em frente à casa de Governo, onde manifestantes encapuzados ergueram barricadas, tentaram saquear algumas lojas e lançaram pedras e paus contra os agentes policiais, constatou a AFP.
Durante a manhã também foram registradas manifestações estudantis não autorizadas no centro de Santiago.
No total, “172 pessoas foram detidas e nove policiais ficaram feridos”, declarou na manhã desta sexta-feira o governador de Santiago, Claudio Orrego.
“Permitam-me rejeitar categoricamente as ações de vandalismo que vimos ontem à noite, quando terminou a marcha dos estudantes. O que tem a ver a demanda de legítima dos estudantes e suas famílias por uma melhor educação com a violência, saques e atos de destruição da cidade?”, repudiou nesta sexta-feira a presidente Michelle Bachelet.
“Locais saqueados, dois deles com tentativas de incêndio e um incendiado”, declarou o prefeito de Santiago à rádio Cooperativa.
Os estudantes consideram insuficiente uma reforma educacional impulsionada pelo governo, que até agora havia conquistado a aprovação no Congresso pelo fim da seleção de estudantes e obtenção de lucro nas escolas públicas.
A partir de 2016, Bachelet prometeu a gratuidade total para 260.000 estudantes de educação superior, o que equivale a 60% dos mais pobres.
Fonte: Estado de Minas