Segundo Tesouro, emissão líquida, gastos com juros e alta do dólar elevam o estoque da dívida em setembro.
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF), que envolve o endividamento interno e externo do governo, subiu 1,8% em setembro, somando 2,73 trilhões de reais. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Tesouro Nacional. Em agosto, o estoque estava em 2,68 trilhões de reais.
Pelas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), o endividamento deve ficar entre 2,65 trilhões e 2,8 trilhões de reais neste ano. Apesar de ter chegado perto do alvo, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, José Franco, garantiu que o estoque encerrará 2015 dentro do intervalo.
A elevação da dívida está relacionada à correção dos juros de 34,89 bilhões de reais e à emissão líquida de títulos públicos em 13,45 bilhões de reais, em setembro. O governo emitiu (ou tomou emprestado) 75,45 bilhões de reais, enquanto resgatou (ou quitou) 62 bilhões de reais.
De um lado, a dívida interna (DPMFi) subiu 1,44% e fechou o mês em 2,588 trilhões de reais. Do outro, a dívida externa (DPFe) avançou 8,62%, totalizando 145,89 bilhões de reais. A variação está ligada à desvalorização do real frente a moedas estrangeiras que compõem a dívida externa.
Segundo o Tesouro, a participação dos estrangeiros na dívida interna voltou a cair em setembro. Os investidores de fora detinham 18,85% (ou 487 bilhões de reais) do total da dívida ante 19,14% (488 bilhões de reais) em agosto. Isso ocorreu após o país perder o grau de investimento pela agência Standard & Poor’s.
Fonte: VEJA.com