Levantamento do IBGE divulgado hoje catalogou mais de 130 mil nomes, e disponibilizou banco de dados para consulta. Veja quão popular é também a sua graça.
Em 1930, Aécio era menos popular que Dilma. Eduardo ganhava de lavada dos dois e Renan era praticamente um desconhecido no rolê. Mas era Maria mesmo quem liderava o ranking, com larguíssima vantagem. Não se assuste, que você não leu errado. Em 1930, naturalmente, nenhuma das personalidades que veio à sua cabeça era sequer nascida. E, embora o momento político daquele ano tenha em comum com 2016 o fato de também ter sido bem recheado de emoções, dado que o país passava pela chamada “Revolução de 1930”, que impediu o então eleito presidente Júlio Prestes de assumir a faixa, o assunto aqui nada tem a ver com as tramoias de nossos ilustres representantes, mas tão somente com seus nomes. Os deles e os de outros 200 milhões cidadãos brasileiros registrados entre 1930 e 2010, reunidos num levantamento divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O estudo, que catalogou mais de 130 mil nomes, foi publicado no site da institução e acompanha um banco de dados com ferramenta de busca, por meio da qual possível identificar qual a taxa de uso de um determinada “graça” entre 100 mil habitantes, sua popularidade e o estado em que seu uso foi predominante. O IBGE disponibilizou ainda uma lista com os nomes mais populares nos últimos 80 anos. No top 10, Maria reina absoluta, com 11,7 milhões registros no país, seguida por José, com 5,7 milhões. A relação segue com Ana, João, Antônio, Francisco, Carlos, Paulo, Pedro e Lucas.
A pesquisa, que já ganhou as redes sociais, evidencia ainda outros fatos curiosos, como a ascenção e o declínio da simpatia por certos nomes ao longo do tempo. Não é a toa, por exemplo, que muita gente tem uma avó ou parente mais velha chamada Josefa ou Sebastiana. Esteve na moda assim batizar as meninas com entre 1930 e 1970, com auge nos anos 1950.
Nos anos 1980, veio a frebre dos Whashingtons, Wellingtons e Wesleys. Neymar caiu no gosto popular nomesmo período. Lorraines, Thayanes, entre outros nomes semelhantes, carregados no “h”, “y”, além de derivações estrangeiras, tiveram picos de sucesso nos anos 1990.
Desde os anos 2000, vivemos a era dos Cauãs, Sofias, Enzos, Kailanes e suas variantes. Em Minas, o reinado, atulmante, desde os anos 2000, é das Anas. Não houve criatividade, contudo, capaz de desbancar Maria, “diva que, nas certidões de nascimento, humilha covardemente Madona. Em 2000, apenas 30 brasileiras tornaram-se xarás da rainha do pop, enquanto a mãe de Cristo batizou 1.111.301 crianças.
Ficou curioso sobre a popularidade do seu nome? Acesse o site do IBGE e divirta-se!
(Estado de Minas)