Mesmo com a retração da atividade e do emprego, os empresários da indústria da construção apostam na recuperação do setor nos próximos seis meses. O Índice de Confiança dos Empresários da Construção subiu para 57 pontos em março e está 4,1 pontos acima da média histórica de 52,9 pontos. Pela primeira vez desde fevereiro de 2013, o indicador de percepção sobre as condições atuais ficou em 50,3 pontos, em cima da linha divisória dos 50 pontos.
Isso mostra que os negócios pararam de piorar, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira, 26 de março, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa aumentou 0,7 ponto em relação a fevereiro e ficou em 60,5 pontos, mostrando que os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos seis meses. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes. “A retomada da economia e a queda da taxa básica de juros são essenciais para a recuperação do setor e contribuem para as perspectivas positivas dos empresários”, diz a economista da CNI, Flávia Ferraz.
Além do aumento da confiança, a pesquisa mostra que os empresários apostam no aumento no nível de atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços, no crescimento das compras de matérias-primas e insumo e do número de empregados nos próximos seis meses. Todos os indicadores de expectativa ficaram acima dos 50 pontos em março. O de nível de atividade subiu para 56,5 pontos e o de número de empregados aumentou para 54 pontos.
INVESTIMENTOS E ATIVIDADE – Mas os empresários continuam pouco dispostos a investir. O indicador de intenção de investimentos caiu 1 ponto em relação a fevereiro e ficou em 31,1 pontos em março. O índice varia de zero a cem pontos e quanto menor o indicador, menor é a propensão para o investimento. Uma das causas para a baixa intenção de investir é a a elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria da construção ficou em 57% em fevereiro. Ou seja, 43% das máquinas, equipamentos e do pessoal do setor ficaram parados no mês passado.
De acordo com a pesquisa, a atividade e o emprego na construção continuaram caindo em fevereiro. O indicador de nível de atividade ficou em 46,2 pontos e o de número de empregos alcançou 44,1 pontos. Os índices variam de zero a cem. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram queda da atividade de do emprego. No entanto, a CNI observa que o ritmo de retração está diminuindo. Na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador de atividade aumentou 5,9 pontos e o de emprego, 5,2 pontos.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 13 de março com 599 empresas. Dessas, 203 são pequenas, 265 são médias e 131 são de grande porte.
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