Manifestantes protestam contra a PEC 241, que impõe um teto para os gastos públicos e deve ser votada nesta segunda-feira na Câmara.
Um grupo de estudantes invadiu nesta segunda-feira o escritório da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista, em protesto contra a votação da PEC 241, que cria um teto para as contas públicas. O Palácio do Planalto confirma a ocupação, mas, de acordo com interlocutores do presidente Michel Temer, trata-se de um “assunto de polícia”. A Secretaria de Segurança Pública do Estado já teria sido acionada, enquanto o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) está monitorando os acontecimentos.
A ocupação é organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e outros movimentos sociais.
Segundo informações divulgadas pelo movimento estudantil, o protesto reúne cerca de 80 estudantes que alegam que a PEC que “congela os gastos públicos” “vai afetar áreas sensíveis como a educação, a segurança e a saúde”.
De acordo com nota divulgada pela UNE, o objetivo dos estudantes é permanecer no interior do prédio durante toda a votação da PEC, o que deve acontecer nesta noite ou na madrugada de terça-feira.
Além do fim da PEC, os estudantes pedem o fim do projeto escola sem partido e da MP da reforma do ensino médio.
Parte dos policiais militares que acompanham a manifestação de estudantes na Avenida Paulista se deslocou para a sede regional do Banco do Brasil, onde funciona o escritório representativo da Presidência.
Segundo a assessoria de imprensa da SSP, os cerca de 300 manifestantes que estavam concentrados no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) tomaram a Avenida Paulista por volta das 17h. Quinze minutos depois, se dirigiram para o prédio do Banco do Brasil com o propósito de entregar um manifesto escrito em protesto contra a votação na Câmara da PEC 241.
(Com Estadão Conteúdo)