EUA e Cuba fecham acordo para desenvolver vacina contra câncer de pulmão

EUA e Cuba fecham acordo para desenvolver vacina contra câncer de pulmão

 Por Mary Ribeiro 

Atualmente, o câncer de pulmão é considerado uma das principais causas de morte evitáveis no mundo. Sua principal causa é o tabagismo e a alta letalidade da doença é atribuída ao diagnóstico tardio na maioria dos casos
Atualmente, o câncer de pulmão é considerado uma das principais causas de morte evitáveis no mundo. Sua principal causa é o tabagismo e a alta letalidade da doença é atribuída ao diagnóstico tardio na maioria dos casos

Um dos principais institutos de pesquisa americanos, o Roswell Park Cancer Institute, fechou uma parceria com o Centro para Imunologia Molecular de Cuba para aprimorar uma vacina contra câncer de pulmão. O acordo foi firmado em abril durante uma visita de Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque, ao país.

A terapia, conhecida como Climavax, já está disponível em Cuba desde 2011 — foram necessários 25 anos de estudos para o seu desenvolmento no país. Agora, os cientistas americanos querem realizar testes clínicos nos Estados Unidos, além de aprimorar o tratamento e transformá-lo em uma imunização preventiva contra vários tipos de câncer.

“A chance de avaliar essa vacina é uma perspectiva muito emocionante”, afirmou Candance Johnsona, presidente do Roswell Park. Segundo Candance, o objetivo é conseguir aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, em até oito meses e começar os testes clínicos em um ano.

Além do potencial preventivo, outras características da vacina, como a pouca toxicidade e os baixos custos de produção e armazenamento, também chamaram a atenção dos pesquisadores americanos. Em Cuba, o Ministério da Saúde disponibiliza o tratamento gratuitamente.

Mecanismo de ação – Diferentemente do que ocorre com outras vacinas, a Climavax não age imunizando o corpo contra o câncer de pulmão. Seu mecanismo de ação estimula o corpo a liberar anticorpos contra um fator de crescimento epidérmico associado à propagação do tumor. Isso evita que o tumor cresça ou chegue ao estado de metástase.

Eficácia – Um teste clínico fase II realizado em 2008 mostrou que os pacientes com câncer de pulmão que receberam o tramento viveram entre quatro e seis meses mais em relação aos que não a tomaram. Esse resultado fez com que a terapia começasse a ser estudada também no Japão e em alguns países europeus.

Fonte: Veja 



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