Pais de um menino com Síndrome de Down, um casal costa-riquenho denunciou nesta segunda-feira que as autoridades canadenses negaram seu pedido de residência permanente por conta da condição do filho.
Felipe Montoya, professor na Universidade de York, e Alejandra García Prieto moram há três anos no Canadá e revelaram à TV pública “CBC” que as autoridades migratórias negaram seu pedido de residência definitiva no país porque Nico, de 13 anos, tem Síndrome de Down.
De acordo com Montoya, as autoridades justificaram a decisão afirmando que Nico seria um custo extra para o Estado. A família planeja voltar à Costa Rica dentro de três meses, em junho, apesar de considerar a decisão injusta.
“Nossa luta é uma questão de princípios”, declarou o professor universitário, que reconheceu que quando foi contratado pela universidade há três anos foi advertido de que poderia ter problemas para obter a residência permanente por conta da condição do filho.
Montoya explicou que a decisão é contrária à própria Constituição do Canadá, que proíbe a discriminação por incapacidade.
“Ele foi discriminado simplesmente por sua identidade genética. A única diferença é que tem uma condição genética que o torna diferente”, acrescentou Montoya.
Alejandra, por sua vez, declarou ao canal que estava decepcionada.
“Não é justo”, disse ela, ressaltando não acreditar que o Canadá tenha regras “tão atrasadas”.
(EFE)