Ao se sentar com Dunga e Gilmar Rinaldi nesta terça-feira para decidir a continuidade da dupla, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não julgará apenas os resultados à frente da seleção, mas também o prejuízo financeiro que eles acarretaram nos cofres da entidade. Foram praticamente R$ 100 milhões em perdas com os fracassos recentes em campo.
Ainda mais preocupante, num momento em que a sua receita com patrocínios despencou pela primeira vez em dez anos.
Ao todo, a confederação arrecadou R$ 339,6 milhões com seus parceiros em 2015, contra R$ 359,4 milhões em 2014.
A debandada de empresas após a tragédia do 7-1 na Copa do Mundo de 2014 poderia ter sido, ao menos parcialmente, aliviada pela entrada em caixa do dinheiro das premiações que ficou pelo caminho.
O gol de mão de Ruidiaz, aos 30 minutos do segundo tempo, na derrota de 1 a 0 para o Peru, no último domingo, ficará marcado como mais um desastre na trajetória recente brasileira que atingiu diretamente as suas finanças. Com o adeus precoce, o Brasil faturou apenas US$ 250 mil por sua participação na Copa América Centenário.
O campeão levará US$ 7 milhões na bagagem.
Antes disso, na Copa América-2015, a eliminação para o Paraguai nas quartas de final rendeu somente US$ 150 mil. Os anfitriões chilenos ficaram com US$ 4 milhões pelo título em casa.
Por fim, o 7-1 para a Alemanha, a maior derrota de sua história, deixou uma ferida que está longe de ser cicatrizada e também US$ 17 milhões a menos em prêmios. O quarto lugar no Mundial-2014 assegurou a bagatela de US$ 18 milhões aos brasileiros.
No total, a CBF perdeu a chance de faturar US$ 27,6 milhões (R$ 96 milhões, de acordo com a cotação atual) com esses fracassos.
Direto do Brasil, claro, Del Nero ‘remoeu’ cada um desses números – e Dunga e Rinaldi devem pagar por isso.
(ESPN)