Gaeco denuncia cinco pessoas por fraude em licitações de Ubaporanga

Gaeco denuncia cinco pessoas por fraude em licitações de Ubaporanga

Segundo as investigações, um dos processos licitatórios era de contratação de serviços de borracharia, realizado entre um irmão do ex-prefeito e o município

Gaeco de Ipatinga denunciou cinco pessoas por fraude em licitações da Prefeitura de Ubaporanga — Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ipatinga indiciou e denunciou cinco pessoas por fraudes em licitações da Prefeitura de Ubaporanga. As investigações foram concluídas nesta semana.

A denúncia apontou a existência de um esquema criminoso dentro da prefeitura na administração passada, envolvendo o ex-prefeito que está preso por tentativa de homicídio contra o presidente da câmara da época.

De acordo com o Gaeco, um dos processos licitatórios para a contratação de serviços de borracharia para realizar a manutenção da frota de veículos no valor de R$ 91 mil, realizado entre um irmão do ex-prefeito e o município, apresentava fraudes desde a formação do procedimento, o balizamento de preços, até à entrega dos serviços.

“Os empresários enviavam os documentos por e-mail, o setor recebia e alguns funcionários do setor de licitação manipulavam as planilhas, aumentando os valores, para que o preço médio fosse aumentado”, explicou o delegado responsável pelas investigações, Gilmaro Alves.

Segundo as apurações, a pesquisa de preços teria sido procedida pelo próprio empresário ganhador do pregão. Ele contava com os integrantes da comissão de licitação e com o proprietário de uma empresa de consultoria que prestava serviços para o município e gerenciava a comissão licitatória.

“Outro fator que chamou a atenção dos investigadores foi o fato de que, praticamente, toda a fase foi procedida em uma mesma data. Desde o pedido, desde a solicitação, a emissão dos documentos, os deferimentos, as respostas, o parecer do advogado. Todas essas peças foram produzidas no mesmo dia”, disse o delegado.

De acordo com o Gaeco, empresas tiveram os nomes utilizados de forma indevida para compor a pesquisa de mercado, fraudando o valor inicial na fase interna do certame, além de manipulação da planilha de preços no próprio setor de licitação.

As investigações apontaram ainda que o pregão presencial não existiu e, segundo a documentação, contou apenas com o participante vencedor. Além disso, havia ajustes prévios entre o empresário e o representante da empresa de consultoria licitatória, já que antes da publicação do edital, havia a garantia do vencedor.

Durante os trabalhos de investigação, foi identificado também que as prestações de serviços não eram fiscalizadas e havia emissões de notas fiscais, sendo caracterizado desvio de verbas públicas do município.

(Fonte: G1 Vales de Minas)



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