Presidente voltou a conceder entrevistas após um longo período de silêncio.
Embora não admita publicamente, o presidente Gilvan de Pinho Tavares já diz internamente que apoiará um “novo quadro” na próxima eleição do Cruzeiro, no fim de 2017. Se o mandatário conseguir fazer as mudanças que deseja no estatuto, Bruno Vicintin (atual vice-presidente de futebol) e Sérgio Rodrigues (atual superintendente de futebol) são os grandes candidatos para o posto principal da chapa, ainda hipotética. Nessa segunda-feira, após a apresentação do técnico Paulo Bento, Gilvan respondeu críticas feitas por Zezé Perrella – que reclamou não ser o candidato da atual gestão – e confirmou seu desejo de “dar oportunidade para quem está chegando”.
“Eu fui procurado pelo ex-presidente (Zezé Perrella), nós somos muitoamigos. Ele me deu uma sugestão que eu deveria alterar o estatuto do Cruzeiro para mudar a composição da diretoria do Cruzeiro. Eu falei que iria examinar. A ideia dele foi muito bem aceita. E quando ele me procurou, logo depois da entrevista, eu disse a ele que a ideia tinha sido muito bem aceita e que grande parte dos conselheiros do Cruzeiro disseram que estavam apoiando a mudança estatutária. Ele me disse que não pensava daquela forma mais”, explicou Gilvan.
“Dizer que não recebeu apoio eu acho que foi um pouco injusto da parte dele. Não pode ser assim. Eu nunca tive nenhuma briga e nenhum atrito. Não quero sair brigado do Cruzeiro. Quero descansar e ter um pouco deférias. Trabalhei por 17 anos na outra diretoria e fiz quase igual à historinha do Jacó (…) Não consigo tirar um período de férias. Quero deixar a oportunidade para esse pessoal que está chegando. Hoje, com a situação que conseguimos implantar no Cruzeiro, tem muita gente querendo assumir a presidência do Cruzeiro”, complementou.
Embora não tenha entrado muito na questão de possíveis nomes, o presidente Gilvan ressaltou seu desejo de ganhar mais títulos para deixar a presidência do clube, em 2018, comemorando o fim da gestão. “Quem sabe eu não possa sair do Cruzeiro com mais conquistas que já obtive. Quem sabe a gente tem essa felicidade de novo na minha gestão”, completou.
Ainda em junho de 2015, o Superesportes já adiantava a turbulência política no Cruzeiro e a possibilidade da primeira eleição acirrada na história do clube. Já naquela época, fontes do conselho indicavam a existência de duas correntes fortes no cenário cruzeirense. Em março deste ano, a reportagem relatou a ideia de Gilvan de transformar o estatuto e até criar um conselho de administração para reunir lideranças.
(Superesportes)