O formato, exclusivo para o Brasil, funcionará praticamente da mesma forma que uma recarga de créditos para celular.
Por Lucas Ribeiro
O Google disponibilizou para os usuários de Android uma modalidade pré-paga para a compra dos aplicativos de sua loja online, a Google Play. Exclusivo para o mercado brasileiro, o modelo promete facilitar o acesso aos conteúdos pagos da empresa — especialmente para as pessoas que não têm a opção de cartão de crédito.
“O Brasil possui características muito particulares que o diferenciam: apenas 40% da população tem conta no banco e temos apenas 52 milhões de pessoas com cartão de crédito. Ao mesmo tempo, a maior parte dos mais de 250 milhões de aparelhos celulares usam serviços pré-pagos, sendo 81% dos smartphones Android. Isto é, temos consumidores conectados, mas sem meio de pagamento disponível. Por isso criamos o serviço”, explica Cristiano Andrade, gerente de parcerias de varejo do Google Brasil.
O serviço funcionará da mesma forma que a recarga de créditos para celulares pré-pagos: o usuário deve se encaminhar a um estabelecimento autorizado para este tipo de função, escolher entre as opções de crédito que vão de 15 a 100 reais e a mesma ‘maquininha’ para a recarga de celular será usada para mandar os créditos para a conta da Play Store. No entanto, os créditos não vão instantaneamente para o aparelho. O usuário deverá localizar o código PIN impresso no cupom de compra, abrir a loja de aplicativos no celular e digitar os números do código na aba “resgatar”. O serviço ainda não está, por enquanto, disponível via internet.
O projeto começou há um mês como teste na cidade de São Paulo, mais precisamente na região da Praça da Sé. E há uma semana o sistema de recarga para a compra de aplicativos foi, enfim, efetivado. Hoje, cerca de 230 mil estabelecimentos por todo o país já contam com o recurso e a previsão é de que esse número chegue a 300 mil até o final do ano.
O Google já havia lançado no ano passado, no Brasil, outra alternativa aos cartões de crédito para adquirir os aplicativos online da Play Store: os vales-presentes. Mas essa forma, segundo Andrade, não abarca um número considerável de pessoas por causa da menor quantidade de estabelecimentos que os oferecem, apenas 3.200, pouco em comparação com as lojas que fornecem o modelo de recarga: “Mesmo com os ótimos resultados dos vale-presentes e sua disponibilidade nos maiores centros do país, avaliamos que ainda havia uma parcela muito significativa de pessoas que não tinham acesso aos modos de compra que fornecíamos, em especial os moradores de cidades menores e mais afastadas. Chegamos à conclusão de que o modelo de recarga era o ideal, por ter maior abrangência”, complementou.
