Em torno de 90 pessoas foram atendidas no Mutirão de Aplicação de Toxina Botulínica realizado na quarta-feira, 19/09, em Teófilo Otoni, pelo Setor de Reabilitação Física do Hospital Bom Samaritano. O serviço que trabalha a recuperação dos movimentos é uma das especialidades do Hospital, referência também em Oncologia. A substância conhecida como Botox é aplicada nos pacientes com acompanhamento de uma equipe composta por uma médica neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, e, dependendo do caso, uma fonoaudióloga.
A neurologista Cibele Grossi explicou que as pessoas submetidas ao tratamento são as portadoras de sequela de acidente vascular cerebral, trauma raquimedular ou paralisia cerebral. “Os pacientes que se encontram nessas condições apresentam um endurecimento anormal de determinados músculos, e a toxina botulínica atua relaxando esses grupos musculares. Isso facilita o trabalho de fisioterapia e terapia ocupacional que ajudam o paciente a ganhar determinados movimentos, o que favorece também a realização de atividades de rotina. Outro benefício proporcionado pela substância é a eliminação da dor. Enfim, o Botox na área de reabilitação física proporciona uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente como para seus familiares”, contou a médica.
A aplicação é por meio injetável e pode ser utilizada em pessoas de várias faixas etárias. De acordo com a administradora do Hospital Bom Samaritano, Paula Cristina Santos, o tratamento é oferecido pelo SUS. “Nós recebemos pacientes de mais de 60 municípios dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha que, uma vez identificada a necessidade do usuário na Rede de Atendimento, ele é encaminhado para uma avaliação aqui no Setor de Reabilitação Física. Só para se ter uma ideia, aplica-se em um adulto 2 a 3 ampolas de Botox por sessão, o que, numa clínica particular não sai por menos de quatro mil e quinhentos reais, tendo em vista que o custo de uma ampola é de aproximadamente mil e quinhentos reais”, evidenciou Paula.
No caso do paciente João Bosco, ele é um dos contemplados pelo mutirão do hospital. “Graças ao Botox, me recuperei bastante em relação não só aos movimentos dos membros, mas minha fala também já está bem melhor”, disse Bosco.
O intervalo entre cada sessão é de aproximadamente quatro meses.
(Fonte: ASCOM PMTO)