Hospital Regional de Barbacena garante a primeira doação de órgãos deste ano

Hospital Regional de Barbacena garante a primeira doação de órgãos deste ano

Fila de espera por doações no estado chega a 5.634 pessoas; comunidade médica faz apelo à população para adesão ao programa

Fonte: HRB Divulgação

O Hospital Regional de Barbacena Dr. José Américo (HRB-JA), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), realizou neste mês uma captação múltipla de órgãos, o que contribui para reduzir a fila de espera hoje no estado, que chega 5.634 pessoas, de acordo com o MG Transplantes. No último dia 7/2, o hospital garantiu seis doações: coração, fígado, dois rins e duas córneas.

O enfermeiro intensivista e presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HRB-JA, Márcio Antonio Resende, conta que, inicialmente, houve uma resistência da mãe da doadora em disponibilizar os órgãos da filha.  No entanto, segundo ele, os familiares foram acolhidos e acompanhados por uma equipe multiprofissional, que garantiu a primeira doação realizada pelo hospital neste ano.

Referência

Desde a abertura da unidade de urgência e emergência, em 2014, o Hospital Regional de Barbacena é referência para trauma e acidente vascular encefálico (AVE). No ano passado, foram realizadas dez abordagens familiares, das quais seis resultaram em doação de órgãos.

A partir da suspeita de morte encefálica (ME), tem início o protocolo para determinar as causas e notificar a organização de procura de órgãos (OPO) de Juiz de Fora, referência para a região em que o HRB-JA está localizado. Após a confirmação do diagnóstico e da autorização familiar, inicia-se a logística para a captação e o transporte dos órgãos até os centros transplantadores.

Obstáculos

De acordo com Márcio Resende, entre os motivos para a recusa da doação estão a dificuldade de aceitação da morte do paciente, o desconhecimento sobre a decisão do falecido, além do tempo para liberação do corpo, a falsa ideia de que a integridade corporal do parente morto será comprometida e a falta de consenso familiar.

Redução

O diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, revela que houve uma queda de 55% no número de doadores no estado. Segundo ele, enquanto em dezembro foram 20 doações, no primeiro mês deste ano ocorreram apenas nove.  “Com a variante ômicron, o número de transplantes realizados e de órgãos captados em Minas Gerais caiu ainda mais”, explica.

O Governo de Minas tem disponibilizado as aeronaves para agilizar a captação e o transporte de órgãos no estado.



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