Os israelenses começaram a votar nesta terça-feira (23), na quarta eleição em dois anos. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, espera que a campanha de vacinação contra a covid-19 mais rápida do mundo lhe garanta mais um mandato.
Com precauções contra o novo coronavírus nas zonas eleitorais de todo o país – e urnas em aeroportos para cidadãos em quarentena voltando para casa para votar -, as pesquisas de opinião mostram que, mais uma vez, a corrida está acirrada demais para previsões.
Chefe de governo mais longevo de Israel, Netanyahu conseguiu se manter no poder ao longo de dois anos de eleições inconclusivas, apesar de estar enfrentando acusações de corrupção. Atualmente ele está sendo julgado por suborno e abuso de poder, acusações que nega.
Pesquisas indicaram um crescimento do partido de direita Likud do premiê nos últimos dias de campanha, o que lhe garantiria uma coalizão em potencial de partidos conservadores e de judeus ultraortodoxos, com cerca de 60 dos 120 assentos no Parlamento.
Figura política dominante de sua geração, Netanyahu, de 71 anos, está no poder desde 2009, mas o eleitorado israelense está profundamente polarizado: seus apoiadores saúdam o “Rei Bibi”, e os oponentes erguem cartazes em que o chamam de “Ministro do Crime”.
Yair Lapid, ex-ministro das Finanças que comanda a sigla de centro Yesh Atid, emergiu como principal concorrente de Netanyahu. Em campanha, Netanyahu ressaltou sua atuação para obter milhões de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19, fazendo de Israel o que ele apelidou de “nação da vacinação”.
* Reportagem adicional de Corinna Kern e Nidal al-Mughrabi
(Fonte: Jeffrey Heller e Stephen Farrell* – Repórteres da Reuters)