TEÓFILO OTONI — A Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação promoveu um encontro de toda a rede de atendimento à criança e ao adolescente, para discutir estratégias de prevenção e assistência às vítimas do “Jogo Baleia Azul”. A reunião aconteceu na manhã de quarta-feira (05/07), no auditório do CAIC, e contou com a participação de representantes dos segmentos existentes no município voltados para vulnerabilidades infanto-juvenis, como Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social, Superintendência Regional de Ensino, Polícia Militar, Conselho Tutelar e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
De acordo com a secretária de Assistência Social, Eliane Moreira, foram registrados em Teófilo Otoni casos de adolescentes que se envolveram no Jogo Baleia Azul, o que motivou a mobilização da rede em torno desse problema. “Durante o encontro, falamos sobre como funciona o jogo, sobre os principais sintomas que devem ser observados nas crianças e adolescentes, quais são as ações que estão sendo feitas contra esse game, e ainda abordamos a respeito dos jogos do bem que foram criados para valorizar as questões positivas da fase da adolescência, como a Baleia Rosa e a Capivara Amarela”, explicou a secretária.
Para a presidente do Conselho Tutelar Regional Sul, Venúcia Murta, é importante a mobilização de todos os agentes municipais em torno do assunto, uma vez que os participantes do jogo são instruídos a indicarem novos jogadores. “A gente tem receio de que isso se alastre na nossa região”, expôs Venúcia.
O capitão Joel de Almeida, da Polícia de Meio Ambiente e Trânsito, disse que a corporação tem o papel primordial de prevenir a disseminação de perigos como os que o Jogo Baleia Azul causam entre os jovens. “Quanto mais órgãos se envolverem para combater esse tipo de mal, melhor para a nossa sociedade.
Quando fomos acionados para atender a um caso de adolescente envolvido nesse jogo da morte aqui na cidade, fizemos o encaminhamento respectivo e orientamos os pais que ficassem mais atentos às atividades de seus filhos para evitar que eles acessem esses tipos de games”, relatou o policial.
A pedagoga Valéria Fonseca, que representou a Secretaria Municipal de Educação, concorda que a luta contra qualquer tipo de malefício que envolva crianças e adolescentes deve ser abraçada pelos agentes públicos e pelos familiares também. “Nós, enquanto educadores, temos mais chance de ver problemas assim acontecer entre crianças e adolescentes porque tudo acaba se refletindo na escola. Mas reiteramos que os pais não podem se esquivar de acompanhar seus filhos no acesso ao mundo online”, destacou a pedagoga.
Representando o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), e o serviço de Apoio à Mulher, Criança e Adolescente (AMCA), Verdiana Brás ressaltou que a rede municipal de proteção à infância e juventude estará em constante reunião para alinhamento das ações de prevenção e atendimento às vítimas do Jogo Baleia Azul. “É muito importante essa discussão porque, infelizmente, essas coisas absurdas, que não acontecem só em grandes cidades, já foram registradas aqui no município. Por isso, nós, da rede, vamos nos reunir mais vezes porque é provável que existam outros casos acontecendo sem chegar ao nosso conhecimento”, concluiu.
(Fonte: ASCOM PMTO)