Patamar nunca havia sido registrado, segundo a série histórica do Banco Central; taxa do cheque especial também foi recorde em setembro.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito continuaram a subir em setembro. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, a taxa do cheque especial subiu 3,8 pontos porcentuais entre agosto e setembro, quando chegou a 324,9% ao ano.
Esse é um novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994. Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 37,9 pontos porcentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.
Outra taxa de juros que voltou a registrar recorde foi a do rotativo do cartão de crédito. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Em setembro, na comparação com agosto, houve alta de 5,3 pontos porcentuais, chegando a 480,3% ao ano, a maior da série iniciada em março de 2011. Neste ano, essa taxa já subiu 48,9 pontos percentuais.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,5 pontos porcentuais e ficou em 154,7% ao ano.
Essas duas taxas – do cheque especial e do cartão de crédito – são as mais caras na pesquisa do Banco Central e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física (73,3% ao ano, em setembro). A alta em relação a agosto foi de 1,5 ponto porcentual.
A taxa do crédito pessoal subiu 2,8 pontos porcentuais, para 135,1% ao ano. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em relação a agosto, em 29,3% ao ano.
(Com Agência Brasil)