O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais na segunda-feira, 18, para fazer críticas aos tucanos e exaltar o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Ao cumprimentar o correligionário pela decisão de dar um reajuste salarial de 31,78% a professores da rede estadual, Lula não citou o nome do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), mas disse que “educação se constrói com diálogo, não com violência”.
“Enquanto em alguns Estados os governos não dialogam com os professores, o Partido dos Trabalhadores e os partidos aliados em Minas Gerais mostram que é possível avançar tanto na negociação democrática quanto na valorização dos educadores. Educação se constrói com diálogo, não com violência”, afirmou o ex-presidente. No fim do mês passado, cerca de 200 pessoas, a maioria professores, ficaram feridas após confronto entre PMs e docentes da rede estadual do Paraná.
Também sem citar o senador Aécio Neves (PSDB), que governou Minas Gerais por oito anos e o tucano Antonio Anastasia, que o sucedeu, Lula afirmou que o governador petista conseguiu fazer “em cinco meses” o que eles não fizeram em seus mandatos. “Cumprimento o governador Fernando Pimentel, que mesmo recebendo uma situação financeira difícil do governo anterior, conseguiu em cinco meses fazer o que não foi feito em 12 anos pelos tucanos no Estado: dialogar e respeitar os educadores mineiros”, escreveu Lula.
O ex-presidente disse ainda que Minas Gerais era até então um dos Estados que não cumpria a lei do Piso Salarial Profissional Nacional, assinada por ele em 2008. “Por isso, fiquei muito feliz ao saber que o Governo do Estado de Minas Gerais celebrou um acordo histórico com o sindicato da categoria, estabelecendo o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para os professores”, afirmou.
Mesmo discurso
No anúncio do reajuste, na última sexta-feira, Pimentel também atacou, sem citar nomes, governos estaduais tucanos. “Em Minas Gerais, os professores são tratados com respeito, com dignidade” afirmou. “Assistimos espetáculos lamentáveis, chegando a agressões públicas ao professorado”, acrescentou.
Pimentel afirmou que a categoria está em greve em outros Estados do País “por reivindicações diversas, parecidas com essas que nós estamos atendendo aqui”. Um dos Estados é São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, em que professores estão parados desde o dia 16 de março.
(com Estadão Conteúdo)