Uma força-tarefa do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Militar prendeu, no início da manhã desta terça-feira, 24, seis vereadores do PT, PSDB e PMDB do município de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O número de presos ultrapassa a metade dos vereadores da Casa, que são 11 no total — os outros cinco são do PSB, PV, PR, PRTB e PSDB.
Acusados de extorquir empresários para a aprovação de matérias na Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas, foram presos o presidente da Casa, Carlos Alberto Braga Fonseca (PSB), o Carlinhos da Funerária; Enilton César da Silva (sem partido), o Niltinho; Marcos Aender dos Reis (PT), o Marcão; Tarcísio Alves de Resende (PMDB), o Neném da Horta; Cristiano Carvalho (PMDB), o Balança; e Fábio Cândido Correa (PSDB), o Fabinho do Bar.
Eles foram presos em suas casas e levados para prestar depoimento na sede do MP em Igarapé, também na região metropolitana. Na casa de dois deles, foram encontradas armas e munições.
De acordo com o MP, o esquema funcionava mediante a cobrança de propina de empresários que desejavam ter projetos aprovados no município, que dependiam de votação na Câmara. Os vereadores procuravam o empresário e informavam que o projeto só seria aprovado depois do pagamento do suborno.
As investigações do MP tiveram início há dois meses, após empresários dos segmentos imobiliário, metalúrgico e de plásticos denunciarem os vereadores. Computadores e documentos foram apreendidos na Câmara e nas residências dos acusados.
O MP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que somente após os depoimentos, no período da tarde desta terça-feira (24), serão fornecidos detalhes da operação deflagrada para combater o esquema de corrupção que funcionava na Câmara do município de 25 mil habitantes.
Segundo o tenente PM Rocha, responsável pela operação de prisão dos vereadores, foram encontradas armas e munições nas casas dos vereadores Carlinhos da Funerária (um revólver calibre 22 e munições) e Fabinho do Bar (um revólver calibre 38 e munições). O militar explicou que os dois terão de responder também por isso, já que não apresentaram licença para o porte de armas.
Fonte: UOL e Portal UAI