Por Mary Ribeiro
Lançada em abril, a vacina contra a meningite B surgiu como um alívio aos pais das crianças, principalmente abaixo de cinco anos. No entanto, as famílias têm encontrado dificuldade em obter a injeção, já que o medicamento não está disponível no Sistema Único da Saúde (SUS). Quem quiser prevenir o filho da doença, precisa pagar as duas doses, que custam cerca de R$ 1.200, em clínicas particulares.
Apesar de a meningite B ser considerada altamente agressiva pelos médicos, alguns especialistas afirmam que a vacina contra essa doença não é a prioridade do programa oferecido pelo SUS, por não ter tantos casos quanto a do tipo C.
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado 17 mil pessoas foram contaminadas com qualquer tipo da patologia, mas apenas 146 com a do grupo B. Já a C seria responsável por 70% dos casos da doença meningocócica no país, segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai. Por isso, há maior necessidade em prevenir a transmissão deste tipo, afirma a especialista
“O melhor seria se proteger contra as duas doenças, claro. Mas devemos pensar em saúde pública e qual delas daria mais impacto na população”, afirma Isabella, ressaltando que não há epidemia no país, apesar de terem sido registrados casos específicos em algumas cidades recentemente. No Rio, por exemplo, duas estudantes foram contaminadas em abril. “A meningite é endêmica. Por isso, é normal que atinja de 1,5 mil a 3 mil pessoas anualmente”, explica.
Fonte: Saúde Ig