Ministério da Saúde confirma 462 casos de microcefalia, 41 com infecção por zika

Ministério da Saúde confirma 462 casos de microcefalia, 41 com infecção por zika

Por Mary Ribeiro 

Pesquisadora trabalha com mosquito Aedes Aegypti em laboratório da Universidade de Campinas, nesta sexta (12)
Pesquisadora trabalha com mosquito Aedes Aegypti em laboratório da Universidade de Campinas, nesta sexta (12)

Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira revela que o número de casos confirmados de microcefalia no Brasil aumentou de 404 para 462 nos últimos dez dias. Desse total, a presença do vírus zika foi confirmada em 41 crianças. Outros 765 casos suspeitos de microcefalia foram descartados após análises mais criteriosas. Todos os números se referem ao período de 22 de outubro de 2015 a 6 de fevereiro deste ano. Já foram notificados 91 óbitos de bebês com microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto espontâneo. Desses, 24 foram investigados e confirmados e 8 foram descartados. Outros 59 seguem sendo estudados.

Pernambuco é o Estado com o maior número de casos confirmados de microcefalia com infecção por zika (33), seguido do Rio Grande do Norte (4) e Paraíba (2). Mesmo nesses casos, não está excluída a possibilidade de a mãe da criança ter tido outras infecções capazes de causar danos ao sistema nervoso do feto. Ou seja: não são casos em que o zika foi identificado como única causa possível da má-formação. Os únicos Estados em que ainda não há qualquer suspeita são Amapá e Amazonas. A circulação autóctone do zika vírus ocorre em 22 Estados brasileiros.

“Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas”, diz o boletim. “A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.”

Vacina – A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira que os testes clínicos em larga escala de vacinas contra o zika vírus não devem começar em menos de um ano e meio. Ainda segundo a entidade, 15 empresas estão trabalhando no desenvolvimento do imunizante e dois parecem promissores. Um é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e o outro pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

A entidade também anunciou que daqui quatro a oito semanas deverá sair a resposta definitiva sobre a associação do zika com a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré, como suspeitam os cientistas.

Fonte: Veja 

 



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