Ministério da Saúde confirma nova doença transmitida pelo mosquito da dengue

Ministério da Saúde confirma nova doença transmitida pelo mosquito da dengue

Por Mary Ribeiro 

A febre zika, transmitida pelo Aedes aegypti, tem sintomas parecidos com os da dengue: dores nas articulações, no corpo e de cabeça, febre, náuseas, diarreia e mal-estar. Como diferencial, ela também pode causar fotofobia, conjuntivite e erupções cutâneas pelo corpo
A febre zika, transmitida pelo Aedes aegypti, tem sintomas parecidos com os da dengue: dores nas articulações, no corpo e de cabeça, febre, náuseas, diarreia e mal-estar. Como diferencial, ela também pode causar fotofobia, conjuntivite e erupções cutâneas pelo corpo

O Ministério da Saúde confirmou hoje a circulação de um novo vírus no país — o zika. Até agora, há dezesseis casos de infecção causados pelo agente. Transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue, da chicungunya e da febre amarela, a doença causa dores nas articulações, no corpo e na cabeça, febre, náuseas e diarreia. Há algumas peculiaridades da infeção pelo zika, porém: o doente sofre de fotofobia, conjuntivite e erupções na pele. De acordo com especialistas, a infecção causada pelo zika é mais branda em relação a dengue e a chikungunya — não há registro de morte.

Os primeiros sintomas da infecção pelo zika aparecem entre três a doze dias após a picada do mosquito e duram de quatro dias a uma semana. Ainda não se sabe como o vírus, originário da África, chegou ao Brasil. Mas os pesquisadores acreditam que ele tenha chegado ao país por meio de turistas durante a Copa do Mundo.

Perigo de coinfecção – Segundo a virologista Claudia Nunes Duarte dos Santos, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Carlos Chagas do Paraná, é fundamental agora investigar o impacto da coinfecção entre o Zika, o vírus da dengue e vírus chikungunya. “Não temos ainda como medir as consequências da coinfecção ou de infecções sucessivas dos três vírus em um mesmo paciente”, explicou.

Os casos do Rio Grande do Norte já haviam sido analisados e confirmados por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Paraná. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) havia enviado para a fundação 21 amostras suspeitas de Natal. Destas, oito foram confirmadas. Na Bahia, houve a confirmação de mais oito pessoas infectadas pelo zika no município de Camaçari.

Tratamento – Assim como as outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o tratamento da febre zika é sintomático e baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) para febre e dor. Assim como na dengue, não é indicado o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) e medicamentos anti-inflamatórios devido ao alto risco de complicações hemorrágicas.

Fonte: Veja 

 



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