A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta terça-feira, mais dez mortes pela doença. Agora, já são 29 óbitos em 2016.
A dengue segue sendo a principal preocupação das autoridades de saúde em Minas Gerais. As mortes pela doença aumentaram 52,6% em uma semana. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta terça-feira, mais dez óbitos pela enfermidade. Agora, foram confirmados 29 óbitos. É investigado também um caso de microcefalia em um bebê de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, que pode ter sido causado pelo zika, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O número de grávidas confirmadas com o vírus subiu para 79.
Os perigos da dengue são evidenciados através dos números divulgados pela SES. As mortes provocadas pela doença podem ser ainda maior. Isso porque, 109 óbitos estão sendo investigados. Os números são bem superiores do que o ano passado, quando 76 pessoas morreram por causa da dengue.
O número de casos prováveis da dengue também segue em alta. Em uma semana, ao aumento foi de 12%, saindo de 193.541 para 217.110. Neste ano, a SES mudou a metodologia do balanço do número de casos da doença. Agora, estão sendo usados os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação que engloba os casos suspeitos e confirmados, mesma estratégia utilizada pelo Ministério da Saúde.
Em 2016, a maioria das mortes foram registradas em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Foram confirmadas oito na cidade, e a morte de um padre ainda é investigada. A SES confirma seis mortes em Belo Horizonte. Porém, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) confirmou nove óbitos na última sexta-feira. Se for incluído na lista, a capital mineira vai passar para a liderança negativa.
Abaeté, Além Paraíba, Araxá, Bicas, Divinópolis, Espera Feliz, Ibirité, Monte Carmelo, Mutum, Raposos, Pompéu, Patrocínio e Recreio, também registraram mortes. Segundo a SES, a maioria dos óbitos (12) foi de pessoas da faixa etária acima de 50 anos, 18 no total.
O alerta segue ligado também para o zika. O número de casos de grávidas com a doença aumentou. Saiu de 61 para 79 em uma semana. Outras 251 notificações ainda estão sendo investigadas. Em relação aos casos do protocolo de monitoramento da microcefalia, segue 76 casos suspeitos sendo investigadas, cinco a mais que a semana anterior, e uma confirmação, sendo um caso de aborto espontâneo em Sete Lagoas.
A SES investiga a possibilidade de um bebê de Montes Claros ficar com microcefalia. Exames de imagem, realizados no feto, sugerem infecção congênita por zika, no entanto, médicos dizem que somente com o nascimento do bebê é possível confirmar se ele tem ou não microcefalia. Segundo o Ministério da Saúde, o perímetro cefálico tem que ser menor ou igual a 31,9 cm meninos e 31,5 meninas.
Segundo o balanço, 10 moradores mineiros contraíram a doença, o mesmo número da última semana. O maior número de casos, cinco, são em moradores de Belo Horizonte, dois de Curvelo, na Região Central, e Cataguases, na Zona da Mata. Coronel Fabriciano,na Região do Rio Doce, e Uberaba, no Triângulo Mineiro, registraram uma casa. Outros 4.154 notificações ainda são investigados.
Chikungunya
A chikungunya também segue os parâmetros da dengue e da zika e apresentou aumento nos últimos sete dias. Foram confirmados oito casos da doença em 2016, dois a mais do que a semana passada. Destes, cinco casos são residentes de Belo Horizonte, Santa Vitória, Limeira do Oeste, Nanuque, e Água Cumprida. Os pacientes contraíram a enfermidade na Bahia, Alagoas, Sergipe, e Pernambuco.
A preocupação são com os casos de um morador da capital mineira, de uma grávida de Contagem, e de uma pessoa de Santa Luzia, que foram confirmados com a doença e podem ter contraído dentro do estado. Em dois dos pacientes, o local provável da infecção foi Santa Luzia.
(Estado de Minas)