Pela segunda vez, em duas semanas, o número de mortes por febre amarela em Minas Gerais supera todas as medições realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (15), já são 168 óbitos confirmados desde o início do segundo período de monitoramento da doença, que vai de julho de 2017 a junho deste ano. No último levantamento, publicado no dia 2 de maio, eram 166 mortes. E o recorde anterior era de 162 óbitos, registrados entre julho de 2016 e junho de 2017.
Ainda nesta terça, a SES-MG divulgou também o número total de casos confirmados: 482, com outros 235 em investigação. No balanço anterior, eram 475 confirmações, com outros 291 em investigação.
Perfil
Conforme o levantamento, do total de casos confirmados, 418 (86,7%) são do sexo masculino e 64 (13,3%) do sexo feminino. Dentre os óbitos, 13 (7,7%) foram do sexo feminino e 155 do masculino (92,3%). A idade média dos casos confirmados é de 48 anos.
A letalidade por febre amarela em Minas Gerais no período de 2017/2018 é de aproximadamente 34,9%.
Vacinação prévia
Dentre os casos em investigação, há registro de 11 pacientes com histórico de vacinação prévia e exame positivo para febre amarela. Esses pacientes permanecem em investigação para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas fundamentais para conclusão dos casos.
Atualmente há uma comissão investigando os casos suspeitos de Febre Amarela com histórico de vacinação prévia, com a participação do Ministério da Saúde, que destaca que a eficácia da vacina contra febre amarela é de 95% a 98%.
Outro ponto é que a recomendação preconizada pelo Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), ratificado pelo Ministério da Saúde, é de que uma única dose da vacina contra febre amarela confere proteção por toda a vida.
Atualmente, a cobertura vacinal acumulada em Minas Gerais está em torno de 95,16%. Ainda há uma estimativa de 691.450 pessoas não vacinadas, especialmente na faixa-etária de 15 a 59 anos de idade, que também foi a mais acometida pela epidemia.
(Fonte: Liziane Lopes* – Hoje em Dia/ com informações da SES-MG*)