Oito pessoas foram indiciadas por fraudes em empréstimos consignados pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais. O caso é investigado no pqueno município de Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro. Segundo a investigação, milhões foram desviados em movimentações bancárias. Segundo as investigações, o esquema teria durado por cerca de três anos,beneficiado 140 pessoas com cerca de R$ 10 milhões de prejuízo.
Com menos de 7mil habitantes,a cidade não possui agência daCaixa Econômica Federal e, por isso, utiliza o posto instalado na cidade vizinha, Iturama.
O volume das operações, firmadas através da folha de pagamento da prefeitura municipal de Limeira do Oeste, chamou a atenção dos funcionários banco. Ao analisarem as operações, eles verificaram que a quase totalidade dos beneficiários dos empréstimos, na verdade, possuíam vínculos trabalhistas em outros municípios. Além disso, os valores disponibilizados pelo banco eram sacados na “boca do caixa”, em vez de serem transferidos para as respectivas contas correntes dos tomadores – como normalmente acontece nesse tipo de empréstimo.
Segundo o MPF, três eram as pontas do esquema: o setor de Recursos Humanos da prefeitura, aliciadores e fornecedores de dados. Segundo a denúncia, funcionários tinham acesso não só ao sistema de pagamentos, como também aos dados de todos os funcionários públicos municipais, assim como aos documentos necessários para a concessão dos empréstimos, que são contracheques e autorizações para averbação em folha de pagamento.
Nessa condição, eles atuaram diretamente na confecção de documentos falsos para a concessão indevida de empréstimos consignados em nome deles próprios, dos integrantes do núcleo de aliciadores e principalmente das outras 144 pessoas beneficiadas, a maioria delas estranha ao quadro de servidores municipais de Limeira.
O núcleo de aliciadores, responsável por conseguir pessoas que se dispusessem a fornecer documentos e dados pessoais utilizados na formulação dos empréstimos. Finalmente, o terceiro núcleo da organização criminosa era composto pelos fornecedores de dados, que podiam ser tanto pessoas estranhas ao quadro funcional da prefeitura quanto servidores públicos municipais, os quais, na divisão de tarefas, associavam-se aos outros dois núcleos, com a função específica de fornecerem nome, CPF, RG e comprovante de endereço, para viabilizar a prática do crime em troca do recebimento de parte dos valores.
Outras 144 pessoas beneficiadas pelo esquema, que teriam emprestado seus dados pessoais para a fraude, ainda estão sendo investigadas.
(Hoje em Dia)