A Secretaria de Saneamento Básico de Mauá está usando caminhões-pipas para garantir o abastecimento de água em alguns bairros da cidade, que fica na região do ABC Paulista. De acordo com a secretaria, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reduziu o volume de água para o município dos 1,2 mil litros por segundo (l/s) fornecidos em 2014 para 965 l/s neste ano. Em 2013, os 450 mil habitantes da cidade eram abastecidos com 1,5 mil l/s.
Segundo a secretaria, o racionamento tem deixado diversos bairros que ficam em locais mais elevados praticamente sem água. “As reduções determinadas pela Sabesp representam torneiras secas nas casas dos moradores, uma vez que não existe pressão suficiente para garantir a normalidade do abastecimento”, ressaltou a secretaria, que classificou a situação de “caos”.
Em comunicado divulgado na internet, a secretaria recomenda aos moradores que economizem e façam armazenamento de água. “Enquanto estivermos vivendo essa crise hídrica, haverá dias sem e com água. Principalmente nos locais mais distantes dos reservatórios e em lugares mais altos”, diz a nota, que atribui o problema aos cortes feitos pela Sabesp.
O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André considera a possibilidade de adotar, a partir de setembro, o rodízio – racionamento escalonado – alternando dias com e sem abastecimento. “É a época em que as temperaturas começam a se elevar, e o consumo, consequentemente, se eleva também,” justifica a nota.
A cidade, que também fica na região do ABC, teve o fornecimento reduzido, no início de julho, de 1,85 mil l/s para 1,75 mil l/s. O volume é 26% menor do que o ofertado até março de 2014. “A situação se agrava porque a vazão da Sabesp para Santo André não tem regularidade, ou seja, há períodos do dia em que o envio fica muito abaixo dos 1.750 litros por segundo, e isso sem aviso prévio da companhia estadual. Em consequência, o secretaria fica sem água para oferecer a toda cidade de forma equilibrada,” observa a autarquia.
A Sabesp é responsável por 96% do abastecimento em Santo André. O restante da população é abastecido pela Estação de Tratamento de Água Guarará.
Até o fechamento dessa reportagem, a Sabesp não havia respondido aos questionamentos da Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil