O Museu Mineiro e o site institucional da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (www.secult.mg.gov.br) ganharam acessibilidade para pessoas surdas.
No Museu Mineiro, as obras expostas agora contam com QR Codes para vídeos explicativos em Libras. A iniciativa é fruto de uma parceria da Secult com o Programa de Aceleração de Startups de Minas Gerais (Seed) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que lançaram, em 26/11, quatro projetos de inovação em Turismo, dentro do Programa Reviva Turismo.
Os projetos têm como eixos centrais dois desafios. O primeiro, tornar o turismo mais acessível, o que já resultou na implantação dos vídeos contendo tradução em Libras no site e no museu, e também na virtualização de conteúdo do Parque Nacional da Canastra, gerando milhares de interações no meio digital desde sua disponibilização (desde 7/2021).
O segundo, coletar e disponibilizar dados de qualidade sobre a oferta e a demanda do turismo, foi desenvolvido em parceria com o Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG) e tem gerado insights poderosos.
Os projetos vão desde o georreferenciamento de destinos turísticos até o mapeamento de buscas no Google e outras plataformas para garantir informação acessível e de qualidade a todos. A parceria terá o prazo de duração de seis meses, sem custo para a Secult.
Segundo a subsecretária de Turismo da Secult, Milena Pedrosa, a tecnologia é fundamental como ponte para o desenvolvimento do turismo. “Por isso estamos com a Sede, justamente para ter meios para fazer um turismo mais sustentável, consciente e também inteligente. Estamos lançando quatro projetos com startups nessa parceria, discutindo tanto sobre dados para os diagnósticos do turismo, quanto também a acessibilidade, seja em sites ou projetos. É o que chamamos de Minas Plural, pois queremos que nosso estado seja cada vez mais diverso”, afirmou.
O CEO da SignumWeb, Felipe Barros, startup que desenvolveu a acessibilidade no Museu Mineiro e no site da Secult, afirmou que a iniciativa nasceu da criação de um dicionário on-line em Libras, que evoluiu para uma plataforma web de intérpretes de Libras.
Com a parceria com o Seed, a língua de sinais agora é levada para o turismo e a cultura, trazendo autonomia para outros públicos.
Além da SignumWeb, que apresentou o projeto SW – Turismo e Cultura em Libras, as startups Sentimonitor, Guiia eXPR ProdutoFinal também lançaram projetos de inteligência artificial para insights a partir de conversas on-line e da análise de mercado: Turismo MG e Minas Conecta, respectivamente. Foi apresentado, ainda, o painel Novo Caged 2021, elaborado pelo OTMG.
Inovação no turismo
Os objetivos da parceria são criar um espaço de produção de conhecimento, fomento à inovação e articulação entre os profissionais do turismo e da área de inovação; fomentar a produção de projetos de maior assertividade e redução de custos; e incentivar o apoio do governo e da iniciativa privada para aumentar os estudos e investimentos na área de inovação em turismo.
O superintendente de Inovação Tecnológica da Sede, Pedro Emboava, falou da importância da parceria com a Secult. “Vários setores da economia estão passando por transformações, ainda mais durante a pandemia. Ciência, tecnologia e inovação serão uma tônica em todos eles, para que continuem junto à população, uma vez que estamos cada vez mais conectados pela internet e smartphones. Logo, para o turismo, que sofreu tanto, fica muito claro que a tecnologia é um ponto importante para a retomada, seja para tornar os destinos mais acessíveis ou mais visíveis”, explicou.
O subsecretario de Ciência, Tecnologia e Inovação da Seed, Felipe Attiê, ressaltou que as startups são a força motora das inovações e de solução de problemas. “Colaboramos com as secretarias para dinamizar essas inovações para um caminho de sucesso, procurando um novo caminho para os mineiros”, pontuou.