Operação Caixa Fantasma investiga compra de votos e caixa dois nas eleições de 2018 no Leste de Minas

Operação Caixa Fantasma investiga compra de votos e caixa dois nas eleições de 2018 no Leste de Minas

Segundo o MP, candidato a deputado federal eleito na região tinha acesso a 21 procedimentos cirúrgicos em hospital de Divino das Laranjeiras e os utilizava para tratar eleitores e conseguir votos

Quinze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta terça-feira (22), durante a Operação Caixa Fantasma que investiga compra de votos e caixa dois nas eleições de 2018 no Leste de Minas. A ação é realizada pelo Ministério Público, Promotoria Eleitoral de Governador Valadares e Polícia Militar.

As investigações começaram a partir da Operação Octopus, que apurou crimes diversos ocorridos na Prefeitura de Divino das Laranjeiras entre os anos de 2005 a 2016. Na época, foram identificadas conversas por meio de aplicativo de mensagem entre o ex-prefeito de Divino das Laranjeiras e um candidato a deputado federal eleito na região. No diálogo, eles tratavam de questões relacionadas à compra de votos na disputa eleitoral de 2018.

Segundo o MP, o candidato a deputado eleito usava a estrutura de um hospital local para garantir a promessa de tratamento de saúde feita aos eleitores, tendo acesso a 21 procedimentos cirúrgicos que eram utilizados para comprar votos. Ele também tinha vínculos com outros prestadores de serviço na área da saúde com os quais garantia procedimentos médicos gratuitos aos seus eleitores, em especial na área oftalmológica.

Ainda de acordo com o Ministério Público, também foi identificado o crime de caixa dois eleitoral, por meio de movimentações financeiras suspeitas em na conta pessoal do candidato que não foram declaradas e não condizem com os valores recebidos por aqueles com quem fez a transação bancária. Dentre as transações, há um depósito de R$ 100 mil realizado por um cabo eleitoral muito próximo ao candidato e que também é alvo da operação.

Os levantamentos apontam que dois empresários, um de Belo Horizonte e o outro em Governador Valadares, tiveram participação direta na campanha, inclusive com doação de valores não computados na prestação de contas final do candidato.

(Fonte: G1 Vales de Minas)



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