— Por D. J. SANTHAR —
O que vem primeiro à sua cabeça quando você ouve falar de alguém que é ou que se tornou um(a) vencedor(a) em alguma área da vida?
Quando você pensa em alguém que é um(a) campeão(ã) em sua área de atuação, qual a característica mais marcante dessa pessoa?
Talento? Sorte? Aptidão? Beleza? Simpatia? Ser a pessoa certa na hora e lugar certos?
O que caracteriza os campeões? O que faz de um(a) vencedor(a) alguém tão marcante e tão acima da média? O que fez do jogador Cristiano Ronaldo esse verdadeiro monstro sagrado nos campos de futebol e nas redes sociais? Qual o segredo do astro Dwayne Johnson, o The Rock, para ser tão bem-sucedido em tudo o que faz?
E como explicar que a modelo Kylie Jenner, com apenas 1,68 m de altura, conseguiu se destacar num mercado em que a média das principais concorrentes é de pelo menos dez centímetros a mais? E como explicar que essa modelo “baixinha” e praticamente “fora dos padrões” se tornou a primeira pessoa do mundo a conquistar, através dessa profissão — de modelo —, o patrimônio de UM BILHÃO DE DÓLARES, e isso aos vinte e um anos de idade?
O que fez do Universo Cinematográfico da Marvel o sucesso que se tornou nas telonas, a ponto de ser chamado por alguns cinéfilos de “a maior franquia cinematográfica de todos os tempos”, pelo menos no que se refere à renda?
Pois muito bem! E se eu te disser que a maior característica dos vencedores — desses que mencionei, e de todos os outros também — não é o talento… você acreditaria em mim?
Bem… é claro que o talento conta e ajuda a distinguir algumas pessoas das outras; mas o talento pura e simplesmente não é o suficiente para a formação de um(a) campeão(ã) no esporte. O mesmo princípio vale para as pessoas ricas, tanto para aquelas que ganharam fortunas construindo empresas milionárias quanto para aquelas que são seguidas por milhões de quase adoradores nas redes sociais.
Agora vem a boa notícia! E se eu te disser que o mesmo que caracteriza esses vencedores, os maiores modelos e referências em diferentes segmentos, pode caracterizar você também?
Antes de você começar a duvidar de si mesmo(a), por favor!, entenda que isso não é uma pegadinha. Também não é uma forma de te convencer a comprar nada, pois não estou vendendo nada. Só estou fazendo algo que me senti inspirado a fazer. Só quero ajudar você a buscar em sua vida a maior e mais importante das características dos campeões e vencedores.
E antes que o meu texto fique parecendo uma peça picareta de vendas, dessas que escondem a informação principal para o final, vamos logo ao que caracteriza os campeões: DISCIPLINA.
Pois é! Disciplina é o que difere uma pessoa da outra, o campeão do que ficou em segundo lugar, os homens dos meninos, as mulheres das meninas… e você já entendeu onde quero chegar.
É claro que talento conta. É claro que sorte — dependendo do que você considerar como sorte — também conta. A verdade é que há um monte de outros fatores que também são importantes na vida dos vencedores. Mas você precisa entender, e aceitar, que o maior desses fatores, o mais importante, é a DISCIPLINA.
Alguns dos maiores nomes em suas áreas não são as pessoas mais inteligentes naquela área, e sim as mais dedicadas, as que têm DISCIPLINA.
Como bom brasileiro que sou, me permita incluir um pouco de futebol nesta nossa prosa. Eu não me lembro de ver o jogador Garrincha nos campos de futebol; ele morreu em 20 de janeiro de 1983, pouco antes de eu não fazer aniversário (nasci em 29 de fevereiro, e 83, por mais que eu já fosse nascido, não era ano bissexto). Quanto à Garrincha, há quem diga que ele era um jogador muito melhor do que o Pelé, mais talentoso e muito melhor em campo. Mas o Pelé era algo que o Garrincha nunca foi: DISCIPLINADO. E o resultado é que hoje todo mundo… ou quase todo mundo… conhece o Pelé, e quase ninguém sabe quem foi o Garrincha.
O que aprendemos com essa história?
Prioritariamente, que a DISCIPLINA não é importante apenas para te ajudar a ter uma vitória, mas também para te manter na condição de um vencedor.
E como a disciplina te ajuda a ser uma pessoa vencedora?
A primeira coisa que a disciplina te ensina é a dizer NÃO.
Lei da Atração às avessas
Os maiores nomes da Teoria da Lei da Atração insistem em dizer que a palavra “NÃO” não existe no universo; que a palavra “NÃO” não tem poder para acionar ou iniciar nada. Essa teoria se ancora no fato de que quando você diz para alguém não pensar em algo, a pessoa imediatamente pensa naquilo que você pediu para ela não pensar. Mas, convenhamos, isso é apenas uma questão de neurolinguística. É claro que o “NÃO” comunica tanto quanto outras palavras. Quando eu vejo uma placa de trânsito que sei significar “NÃO Estacione” me torno imediatamente consciente de que, se estacionar ali, poderei ter o veículo rebocado. Com isso, basta ver aquela placa para eu NÃO estacionar ali. Então… não me venha com essa conversa mole de que o “NÃO” não tem nenhum poder. Tem, sim.
E o NÃO, por incrível que pareça, é uma palavra que, dependendo da forma como se usa, pode ser muito boa para você. O NÃO pode te ajudar a obter resultados incríveis e extraordinários.
Como assim?
Entenda uma coisa: Todas as vezes que você diz NÃO para alguma coisa ou situação você está dizendo SIM para outra coisa ou outra situação que, em tese, é melhor para você. É por isso que para dizer NÃO é preciso muita disciplina.
Quando um time termina o treino, a galera costuma ir para o bar a fim de se divertir um pouco. Nessa hora você pode decidir se também quer ir se divertir com os amigos, ou seja, se vai dizer SIM ao divertimento e às bebidas alcóolicas que diminuem o desempenho do atleta, ou se vai ficar para treinar um pouco mais. Se ficar, você estará dizendo NÃO ao happy hour e SIM para continuar o seu treino individual. Treinando mais, você se tornará um(a) atleta melhor e mais destacado(a). Acredite, Cristiano Ronaldo não se tornou esse jogador tão extraordinário treinando apenas quando os colegas treinavam. Ele sempre fez questão de treinar mais, ainda que sozinho, até que as suas jogadas beirassem à perfeição. Ele dizia NÃO para o divertimento e para as folgas, mas estava dizendo SIM para se tornar esse jogador extraordinário que todos nós conhecemos.
Apesar de a maioria de nós insistir em terceirizar a responsabilidade pelos nossos problemas, erros e fracassos a um(a) culpado(a) que não seja nós mesmos, a maioria desses problemas poderia ser evitada se tivéssemos dito NÃO ao problema antes de ele ocorrer, se tivéssemos prevenido para não precisar remediar. Uma das frases relativas a dizer NÃO que eu mais gosto é “O NÃO é uma palavra curta capaz de resolver muitos problemas compridos”. Não sei quem é o autor da frase, mas ela é simplesmente perfeita para ilustrar o que eu acabei de dizer.
Na vida de todos nós há uma série de vilões que dia após dia, hora após hora, vêm de mansinho tentando nos atrapalhar, voluntariamente ou não, e nos impedir de ser producentes, proativos e eficientes. O pior de tudo é que às vezes esses vilões vêm em forma de coisas e pessoas boas, em forma de situações para as quais não estamos preparados para dizer NÃO: o filho que, na hora de sair para a escola, te avisa que não fez o dever de casa; a tia que precisa de ajuda para se dirigir ao médico; o colega de trabalho que está tendo dificuldades com a sua parte no novo projeto da empresa; o(a) amigo(a) que acaba de levar um pé na bunda e precisa de alguém para desabafar… enfim, há uma série de vilões da proatividade e da eficiência que vêm sorrateiros e travestidos de “boas intenções” para nos impedir de ser pessoas eficientes, producentes e bem-sucedidas. E, detalhe: não estou sugerindo aqui que você se torne uma pessoa ruim, apenas que saiba a hora certa de atender e oferecer seus préstimos às pessoas com quem se relaciona. É por isso que, como diz outra frase famosa, “aprender a dizer NÃO é um luxo. Não quero, não gosto, não tenho vontade. Tudo isso é saudável. Se as outras pessoas se ofenderem, o problema é delas”.
Se você recorrer agora mesmo ao Google, encontrará uma série de artigos sugerindo algumas coisas que nos tomam tempo e que precisam ser evitadas ou terem o seu uso disciplinado. Mas saber dizer NÃO é muito mais do que uma questão de administrar o nosso tempo. Saber dizer NÃO é condição primordial para administrar a nossa carreira, as nossas relações, os nossos sonhos… enfim, toda a nossa vida; e o que é mais importante: o nosso sucesso.
Dê uma olhada na vida das pessoas que você admira e note como elas, para se destacarem em uma série de atributos, deixam outros aspectos da vida de lado. Um exemplo é o educador, filósofo e palestrante Mário Sérgio Cortella, considerado um dos maiores pensadores do Brasil, um homem que já escreveu mais de quarenta livros, mas que nunca conseguiu se dedicar a tirar a sua carteira de motorista.
Bill Gates, que por mais de vinte e cinco anos se manteve no topo do ranking das pessoas mais ricas do mundo, não conseguiu terminar a faculdade. Ele precisou dizer NÃO aos estudos universitários para se dedicar — dizer SIM — à criação da sua empresa, a Microsoft. O mesmo ocorreu com Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, que abandonou uma formação em Harvard, dizendo NÃO para uma conceituadíssima graduação, para dizer SIM à sua rede social — onde talvez você tenha encontrado este texto.
Todos os vencedores são pessoas que disseram SIM para um objetivo específico e NÃO para tantas outras coisas em suas vidas. Não é apenas uma questão de saber administrar o seu tempo. É uma questão de DISCIPLINA. É uma questão de saber para o que dizer NÃO, e de como ao dizer NÃO para os vilões da proatividade e da produtividade você estará dizendo SIM ao seu sucesso e à sua vitória.
Como eu já me estendi demais neste texto, vou deixar o desdobramento de tudo o que aqui estou defendendo para um outro momento. Se você gostou do texto, que escrevi a pedido dos meus amigos da Sociedade ASHREI 7, pode me mandar um e-mail para djsanthar.oficial@gmail.com, que eu lhe retornarei enviando outros conteúdos exclusivos que espero serem úteis para o seu aperfeiçoamento, enriquecimento e desenvolvimento pessoal. Você também pode me seguir no Twitter (@djsanthar) e no Instagram (@djsanthar), onde estarei publicando conteúdos que visam o seu equilíbrio pessoal.
Agora, terminarei com uma afirmação e uma pergunta.
A afirmação: Os vencedores são aqueles que aprenderam a dizer NÃO.
A pergunta: E quanto a você que está me lendo agora? Já aprendeu a dizer NÃO?