Ouro no Brasileiro e Latino Americano de Pole Dance, dupla de Ipatinga vai disputar na Finlândia

Ouro no Brasileiro e Latino Americano de Pole Dance, dupla de Ipatinga vai disputar na Finlândia

Marina Gomes e Rafaela Fonseca buscam ajuda de patrocinadores para conseguirem disputar o Mundial, em novembro; atletas falam sobre os mitos que envolvem o esporte e preparação

As atletas Marina Gomes e Rafaela Fonseca, de Ipatinga, iniciaram a preparação para representarem o Brasil no Campeonato Mundial na Finlândia em um esporte ainda pouco conhecido da grande população, o pole dance. As atletas conseguiram a vaga após vencerem o Campeonato Brasileiro e Latino Americano da categoria, durante disputa em abril, em São Paulo.

Marina e Rafaela venceram torneio em São Paulo e estão creditadas para disputa do Mundial — Foto: Divulgação

Marina e Rafaela formam a dupla há apenas um ano e no torneio em São Paulo foi a segunda vez que elas competiram juntas. O pole dance é um esporte que mistura dança e movimentos de ginástica, e é praticado em uma barra vertical, que é conhecida como barra americana. O exercício se destaca pela agilidade e resistência que os praticantes precisam ter.

Ainda pouco conhecido pela população – e também em busca de acreditações internacionais esportivas -, as atletas afirmam que existe um pouco de resistência das pessoas em entender o esporte. No caso de Rafaela, nunca houve problemas nas ruas e a família apoia bastante.

– Nunca sofri preconceito, sei que ele existe, mas nunca chegou diretamente a mim. Minha família sempre me apoiou, até me fizeram ‘apresentar’ num poste no Natal de 2012. Eu nunca gostei muito de fotos e minhas redes sociais são fechadas apenas para amigos. Meu namorado sempre me apoiou.

Marina, apesar de não ter sofrido preconceito explícito por causa do pole dance, já ouviu muitas piadas e passou por situações constrangedoras.

– Nunca sofri nenhum tipo de preconceito explícito, mas piadinhas já ouvi várias do tipo. “Você faz pole para dançar para fulano?”, “Pole não é esporte”, “Vou fazer pole mas não vou postar foto nas redes sociais por causa da minha profissão”, “Faço pole mas meu marido não pode saber” dentre outras.

Atletas formam dupla há cerca de um ano — Foto: Divulgação

Rotina das atletas

A rotina para conseguir praticar o esporte não é fácil. Além dos treinamentos no pole dance, as duas precisam complementar a preparação com exercícios de musculação e treinos funcionais. São mais de três horas por dia de treinos.

– A flexibilidade e o ritmo presente nas práticas passadas ajudam com a leveza e delicadeza do pole, porém, para competir, eu tive que trabalhar bastante a força, tanto com os treinamentos de pole, quanto com a musculação e o crossfit. Treinamos pole todos os dias, cerca de 2h por dia e mais 1h de cross ou musculação três vezes por semana.

Além das melhoras físicas, o pole dance também proporciona o desenvolvimento da consciência corporal, segundo as atletas.

– O pole ajuda a melhorar a autoestima, tanto pela beleza e estética, quanto pelo empoderamento feminino. Hoje me conheço melhor, aceito meus pontos fracos, sempre trabalhando para melhorá-los, mas acredito muito mais na minha capacidade e potencial. O conhecimento do corpo, do que somos capazes de fazer, do que o nosso corpo pode, nos dá mais segurança e confiança para superar nossos limites e medos.

Que venha o Mundial

Para o Mundial na Finlândia, em novembro, a dupla já está se empenhando ao máximo nos treinos, para conseguir trazer mais uma medalha. Além do desafio da competição, as atletas buscam também apoio de patrocinadores para nos custos da viagem.

– Ficamos super empolgadas com a classificação. Não vamos medir esforços para estar presentes no Mundial, mas existe a barreira custos, pois um campeonato fora do Brasil requer tempo e um gasto elevado. Estamos desde então atrás de patrocinadores para conseguirmos representar o Brasil nesse campeonato. Sabemos que no interior as coisas são mais difíceis, mas não vamos desistir.

(Fonte: GloboEsporte.com)



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