Pegar gripe após tomar a vacina é mito. Entenda por quê

Pegar gripe após tomar a vacina é mito. Entenda por quê

Por Mary Ribeiro 

No Brasil, a vacinação contra gripe é indicada apenas para pessoas que fazem parte do grupo de risco da doença
No Brasil, a vacinação contra gripe é indicada apenas para pessoas que fazem parte do grupo de risco da doença

O Ministério da Saúde realizou campanhas em vários Estados neste sábado, “o dia D” da vacinação contra gripe, em uma tentativa de fazer com que até o fim do programa 80% das pessoas sejam imunizadas — o equivalente a 50 milhões de pessoas. O governo sabe que atingir a meta não é simples. Em 2014, a campanha de vacinação teve de ser prolongada porque apenas 53% das pessoas pertencentes aos grupos alvos haviam tomado a vacina — o equivalente a cerca de 21,3 milhões de brasileiros.

Um dos principais motivos para a baixa adesão é a falta de conhecimento sobre a imunização. Muitos temem que, ao receber a vacina, irão contrair o vírus da gripe. O medo existe porque, após a administração da vacina, algumas pessoas apresentam alguns sintomas da gripe, como mal-estar e febre. Isso ocorre com 5% das pessoas imunizadas. Trata-se, no entanto, de uma resposta imunológica sem riscos. É uma ação dos anticorpos do organismo ao vírus. Não é gripe. “A vacina é segura e o medo de ficar doente em decorrência da imunização é uma bobagem”, diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. “A vacina simplesmente é composta de vírus morto.”

As vacinas são fabricadas a partir do próprio agente da infecção — vírus ou bactéria. Ela pode ser produzida com o microorganismo inativado, atenuado ou morto, como é o caso da vacina da gripe.

A vacina contra gripe é indicada principalmente para crianças, adultos com mais de 60 anos e pessoas com problemas de saúde como diabetes, doenças cardíacas e renais e pacientes que estão se submetendo à quimioterapia. “A imunização é importante não apenas para prevenir a gripe como também para evitar complicações associadas à doença, como pneumonia”, diz Artur Timerman. O Ministério da Saúde distribuiu 54 milhões de doses que serão oferecidas pela rede pública ao grupo prioritário até o dia 22 de maio.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle no SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

Fonte: Veja 



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