Ex-jogador afirmou, citando médicos que o atenderam nos Estados Unidos, que a implantação de uma prótese entre o fêmur e bacia, realizada no Brasil, foi equivocada.
Pelé afirmou ter sido vítima de um erro médico numa cirurgia realizada em seu quadril, em novembro de 2012, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na quarta-feira, o ex-jogador afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que foi obrigado a realizar uma nova operação em dezembro do ano passado, nos Estados Unidos, para corrigir o equívoco na implantação de uma prótese entre o fêmur e bacia. Nesta quinta, o médico responsável negou o erro.
“Segundo os médicos que me analisaram, teve um erro na técnica dos médicos brasileiros. Eu tinha um problema na resistência e a dor não passava de jeito nenhum”, contou o tricampeão mundial. De acordo com Pelé, os médicos americanos explicaram que as dores que ele sentia se deviam ao fato de ele ter colocado apenas um parafuso para segurar a prótese. Em Nova York, foram utilizados três parafusos. Pelé, de 75 anos, disse que se sente bem agora e não enfrenta mais dores
O doutor Roberto Dantas, médico do Albert Einstein responsável pela cirurgia de 2012, rebateu as declarações do ex-jogador em entrevista ao site do jornal O Estado de S. Paulo. “Não existe nada de erro médico, o Pelé entendeu errado. Esta história do parafuso que ele conta, ele entendeu errado. Antes que o Pelé fosse aos Estados Unidos para esta nova cirurgia, repetimos todos os exames e não encontramos de modo algum nada errado na prótese do quadril”, garantiu.
Dantas alegou que o incômodo que Pelé mencionou não foi causado por erro nenhum. “A dor a que ele se referia era devido a uma fibrose lateral no quadril. Os exames não evidenciavam erro. Depois da primeira cirurgia, já tínhamos proposto outra cirurgia ao Pelé no Brasil, mas por diversos fatores ele preferiu fazer fora.”
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