Montante a ser cortado representa 24,5% da projeção anterior, feita em junho, que previa 130,3 bilhões de dólares em aportes nesse período.
O conselho de administração da Petrobras reduziu o plano de investimentos da companhia para o período 2015-2019 para 98,4 bilhões de dólares, principalmente devido à otimização do portfólio de projetos e do efeito cambial, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira.
Com a redução de 24,5%, o corte totaliza 32 bilhões de dólares em relação à projeção inicial, divulgada em junho passado, que projetava aportes de 130,3 bilhões de dólares. No plano para 2014-2018, a companhia chegou a prever investimentos de 220,6 bilhões de dólares.
Os investimentos previstos para a área de exploração e produção no período 2015-2019 agora são de 80 bilhões de dólares, ou 81%. Na primeira versão do plano, a previsão era de 108,6 bilhões de dólares. A unidade de abastecimento, por sua vez, deverá investir 10,9 bilhões de dólares, seguida por gás e energia, com 5,4 bilhões, e pelas demais áreas, com 2,1 bilhões de dólares.
Dos recursos cortados do plano, 21,2 bilhões de dólares foram devido à “otimização de projetos”, segundo a Petrobras, e 10,7 bilhões devem-se ao efeito cambial. “Esses ajustes visam a preservar os objetivos fundamentais de alavancagem e geração de valor para os acionistas (..) à luz dos novos patamares de preço do petróleo e taxa de câmbio”, afirmou a Petrobras.
A nova versão do plano de negócios considera um preço médio para o petróleo Brent de 45 dólares em 2016 – a projeção anterior era de 55 dólares – e taxa de câmbio média no ano de 4,06 reais por dólar. Antes, o dólar médio previsto era de 3,80 reais.
Já a meta de produção média de petróleo para 2016 no Brasil foi revista para 2,145 milhões de barris por dia, abaixo do 2,185 milhões de barris previstos anteriormente. A Petrobras informou ainda que atingiu uma produção média de petróleo de 2,128 milhões de barris diários no país em 2015, pouco acima dos 2,125 milhões estimados no plano de negócios. A produção de 2015 “representa o recorde anual histórico de produção de óleo da companhia, superando o recorde alcançado em 2014”, segundo a companhia.
Com Reuters – VEJA