PF faz buscas em escritório usado pela campanha de Fernando Pimentel em MG

PF faz buscas em escritório usado pela campanha de Fernando Pimentel em MG

Policiais federais também vasculharam escritórios de agência de comunicação contratada pelo PT

Policiais federais apreenderam, nesta quinta-feira, computadores e documentos no escritório do governador Fernando Pimentel, em BH, e onde funcionou um dos comitês de campanha do petista
Policiais federais apreenderam, nesta quinta-feira, computadores e documentos no escritório do governador Fernando Pimentel, em BH, e onde funcionou um dos comitês de campanha do petista

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 2ª fase da Operação Acrônimo com 19 mandados de busca e apreensão em Brasília (10), Minas Gerais (6 em Belo Horizonte e 1 em Uberlândia), São Paulo (1) e Rio de Janeiro (1). Os mandados ocorrem nas sedes das empresas agência Pepper Comunicação, Diálogo, Roller Print, MDM e OPR, antiga P-21.

Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a investigação corre em sigilo e não serão divulgados detalhes do que foi apreendido. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em todos os endereços da Pepper Comunicação, um deles no Brasília Shopping, na capital federal.

Outro mandado foi cumprido na manhã desta quinta-feira na Rua do Ouro, no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde funciona um escritório que abrigou um dos comitês de campanha do governador Fernando Pimentel (PT). A operação envolve a campanha eleitoral de Pimentel, que tem foro privilegiado.

Operação — A Operação Acrônimo foi deflagrada no fim de maio, quando foram realizadas buscas na casa da primeira-dama de Minas e na sede de uma antiga empresa que pertencia a ela. Na semana passada, contudo, o caso chegou ao STJ diante de investigações que passaram a envolver a suposta participação do governador.

A apuração teve início em outubro de 2014, quando a PF apreendeu um avião que voava de Minas a Brasília com R$ 113 mil a bordo. Estava na aeronave o empresário Benedito Rodrigues, o Bené, que é próximo a Pimentel e possui empresas do setor gráfico. Bené chegou a ser preso na primeira fase da operação, mas deixou a cadeia após pagar fiança.

O advogado de Pimentel, Antônio de Almeida Castro, o Kakay, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que esteve na semana passada com o ministro Herman Benjamin e pediu acesso ao inquérito.

O advogado disse que o governador se colocou à disposição para esclarecer dúvidas. A PF suspeita de atos ilícitos envolvendo a campanha de Pimentel ao governo do Estado. “As investigações têm de ser feitas e qualquer cidadão apoia, mas parece que está havendo competição de qual investigação é mais importante”, reclamou Kakay.

Governo de Minas emite Nota

Diante da repercussão do caso, o governo de Minas Gerais emitiu uma nota à imprensa no início da tarde onde classificou as ações de busca e apreensão realizadas no antigo escritório do governador Fernando Pimentel (PT) pela Polícia Federal (PF) — parte da 2ª fase da Operação Acrônimo —, como “arbitrárias”. A nota que as acusações de irregularidades são “deduções fantasiosas”, na mesma linha das que foram feitas a Carolina Oliveira, esposa de Pimentel, que teve a residência como alvo da primeira fase da Operação Acrônimo, no início deste mês. Acompanhe a íntegra a seguir, em vermelho:

A operação de busca e apreensão pretendida contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e a realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de junho, no seu antigo escritório particular, em Belo Horizonte, é a extensão da arbitrariedade cometida anteriormente, quando os policiais estiveram no apartamento de sua esposa, em Brasília.

Com base somente em ilações e deduções fantasiosas, essa investigação prossegue eivada de irregularidades, tanto que os pedidos para a realização de busca e apreensão nas sedes do governo de Minas Gerais, na residência oficial e na residência particular do governador, e ainda em relação a sua esposa, foram negados pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, por considerá-los desarrazoados.

É importante ressaltar que o órgão competente negou à Polícia Federal o prosseguimento de atos sem base legal e sem fundamentação em fatos que os justificassem. Embora oportunamente impedida, esse tipo de arbitrariedade merece o repúdio da sociedade civil. O governador e sua esposa reafirmam sua confiança na Justiça e colocam-se, como sempre estiveram, à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento, o que torna desnecessária e abusiva a reiterada tentativa de utilizar esse tipo de medida policial.

Todas as providências necessárias para assegurar o respeito ao direito individual, à legalidade e à autonomia federativa serão tomados para coibir o abuso e a arbitrariedade na condução do inquérito policial. Resistiremos a qualquer tentativa de impor a Minas Gerais constrangimentos indevidos e anti-republicanos.

Superintendência Central de Imprensa

Subsecretaria de Comunicação Social

Governo de Minas Gerais

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Fontes:

em.com.br

VEJA.com

Agência Estado

ASCOM SEGOV

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