PIB brasileiro encolhe 4,6% no primeiro semestre

PIB brasileiro encolhe 4,6% no primeiro semestre

Com queda de 0,6% entre abril e junho, economia brasileira registrou seu sexto trimestre consecutivo de retração.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o primeiro semestre com retração de 4,6%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No segundo trimestre, o recuo foi de 3,8% em comparação com o mesmo período 2015 e de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Esse foi o sexto trimestre consecutivo de recuo da economia brasileira. O PIB é o indicador que soma todas as riquezas geradas pelo país.

A queda do PIB no segundo trimestre foi maior que a esperada por analistas. Em pesquisa realizada pela agência Reuters, a previsão era de queda de 0,5% em relação ao intervalo entre janeiro e março e de 3,7% em comparação com o segundo trimestre de 2015.

No acumulado de 2016, o indicador com a maior retração foi a taxa de investimento, medida pela formação bruta de capital fixo. A queda foi de 13,3% em comparação com o primeiro semestre do ano passado. O consumo das famílias, com queda de 5,6%, foi o segundo indicador com maior baixa, seguido pela indústria (-5,2%).

Praticamente todos os indicadores encolheram no primeiro semestre e também no segundo trimestre. Isso ocorreu até na agropecuária, um dos únicos que ainda sustentavam alguma alta nesses seis trimestre consecutivos de recessão. Em comparação com os primeiros seis meses de 2015, a agropecuária brasileira encolheu 3,4%. No comparativo trimestral, houve quedas de 2% (em relação aos primeiros três meses do ano) e de 3,1% (mesmo período de 2015).

O que é PIB?

O Produto Interno Bruto (PIB) é o principal medidor do crescimento econômico de uma região, seja ela uma cidade, um estado, um país ou mesmo um conjunto de nações. Sua medida é feita a partir da soma do valor de todos os serviços e bens produzidos na região escolhida em um período determinado. Para fazer o cálculo, somam-se a produção na indústria, na agropecuária, no setor de serviços, o consumo das famílias, os gastos do governo, os investimentos das empresas e a balança comercial (a diferença entre o que foi exportado e importado). Entram na conta o desempenho de 56 atividades econômicas e a produção de 110 mercadorias e serviços. Desde 1990, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento, é o responsável pelo cálculo do PIB.

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