— Por David Ribeiro Jr. —
TEÓFILO OTONI
A cidade de Teófilo Otoni começou a semana com uma ENORME polêmica. Na segunda-feira (19/04) a Rádio 98 FM divulgou que a desembargadora Cláudia Coimbra, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, pediu exoneração do seu cargo justificando o seu pedido com o fato de que o seu pai está doente de Covid-19.
Apesar da justificativa dada pela Dra. Cláudia Coimbra, chamou a atenção o fato de que, na sessão virtual do TRE ocorrida uma semana antes, no dia 12 de abril, vários desembargadores manifestaram solidariedade à colega e se disseram tristes pela sua saída, ainda mais depois dos ataques vis e ameaças sofridas de Teófilo Otoni.
O teor das falas dos desembargadores deixou claro que a Dra. Cláudia teria sofrido algum tipo de acusação ou ameaça de alguém de Teófilo Otoni. Mas em todo o vídeo não é citado o nome do suposto autor das ameaças.
Confira, logo abaixo, o vídeo da sessão. As menções aos problemas ocorridos a partir de Teófilo Otoni começam a partir dos 12 minutos:
Uma vez que o nome de Teófilo Otoni foi mencionado, mas sem as devidas explicações do que se tratava a tal ameaça feita à justiça, a Rádio 98 FM foi buscar informações mais concretas. E aí veio a resposta do Tribunal.
Segundo o que foi divulgado pela emissora, afirmando ter tido acesso a informações do próprio TRE, que respondeu aos questionamentos feitos com base na Lei de Acesso à Informação, o que ocorreu foi que há algum tempo um vídeo divulgado em redes sociais mostrava o ex-candidato a prefeito de Teófilo Otoni, Roque Saldanha — que foi derrotado nas eleições de 2020 —, afirmando em tom de denúncia e de ameaça que a Dra. Cláudia Coimbra, teria recebido o valor de R$ 400 mil para dar um parecer favorável à chapa do prefeito eleito Daniel Sucupira em uma ação que tramita no TRE pedindo a cassação da chapa vencedora.
De acordo com o que foi apurado pela Rádio 98 FM, assim que teve conhecimento da divulgação do vídeo com o seu nome, a magistrada tratou de denunciar a situação à Polícia. Segundo o que foi divulgado, o suposto autor dos vídeos foi confrontado pelas autoridades policiais, mas teria admitido se tratar “apenas” de uma fake news.
Ainda segundo a reportagem, o autor teria sido condenado a fazer doação de R$ 1.000,00 (um mil reais) em cestas básicas para entidades assistenciais, e a prestar algumas horas de trabalho comunitário. A reportagem não deixou claro se a penalidade já teria sido cumprida.
A divulgação do fato deixou grande parte da população da cidade muito chateada; ainda mais entre a comunidade mais ligada à política, porque esse tipo de situação mancha a reputação de toda a classe política da cidade junto àquele tribunal.
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