O avião em que viajava o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, vindo de Brasília, teve de fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Cumbica. O acidente se deu por volta das 21h de ontem, quinta-feira (09/02). A ocorrência foi, sim, grave, mas ninguém se feriu. O senador tinha um encontro marcado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na aeronave, estavam apenas Aécio, o piloto e o copiloto.
O aparelho, alugado pelo PSDB, pertence a uma empresa de táxi aéreo. Consta que, ao decolar de Brasília, um pedaço do pneu ficou para trás.
Ao conversar com o jornalista Reinaldo Azevedo, que tem um blog hospedado no Portal VEJA.com, da Editora Abril, Aécio estava feliz com o fato de ele e os pilotos terem saído ilesos do acidente, mas a ocorrência, segundo o seu relato, foi bastante assustadora. Reproduzimos, a seguir, em azul, as suas palavras ao blog:
“Levei realmente um grande susto nesta noite. Quando decolamos de Brasília para São Paulo — e durante o trajeto —, tudo parecia normal. Eu não sabia então do problema do pneu na decolagem. Quando nos aproximamos para o pouso no Aeroporto de Congonhas, o piloto arremeteu bruscamente, a poucos metros da pista. Ele me comunicou que estávamos com problema para baixar o trem de pouso, o que foi feito manualmente. Pouco depois, decidiu ir para Cumbica, onde haveria maior área de escape. Sábia decisão. O pior momento foi o do pouso. Ao bater no chão, o pneu estourou, e o trem de pouso parece que recolheu. O avião pendeu para o lado, e a asa esquerda foi se arrastando pelo chão, fazendo um rastilho de faíscas, até que o piloto deu um cavalo de pau, levando o aparelho para um gramado, fora da pista, até parar, com a asa esquerda no chão. Felizmente, estamos todos bem, e devo uma palavra de agradecimento ao piloto, que, com sua perícia e tranquilidade, evitou que houvesse maiores consequências. Com a graça de Deus, foi apenas um grande susto”.
Obviamente, Aécio estava um tanto abalado. Ao telefone, chegou a se emocionar, afirmando que só conseguia pensar na mulher e nos filhos, no que foi um dos momentos de maior aflição na sua vida.
Felizmente, o senador, piloto e copiloto saíram ilesos. A fuga da aeronave foi um pouco aflitiva. Foi preciso sair às presas, sem baixar escada, com o mato pela cintura. Mas houve apoio técnico imediato. A torre já estava informada de que seria um pouso de emergência.
(com informações do blog do jornalista Reinaldo Azevedo)