Os servidores públicos municipais de Teófilo Otoni decidiram, em Assembleia realizada na tarde/noite da última sexta-feira (29 de abril), continuar o movimento grevista iniciado em 18 de março — há 43 dias, portanto.
Pesou na decisão dos trabalhadores o fato de que a reivindicação básica ainda não foi atendida: uma reposição salarial que não vem há seis anos e causa uma enorme perda de poder aquisitivo.
Duas outras demandas do movimento grevista foram atendidas: a revogação do artigo 2° do Decreto 6.520 (que previa desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas) e o Piso do Magistério, com a aprovação, pela Câmara de Vereadores, do Projeto de Lei do Executivo sobre o tema — embora neste caso a solução tenha sido considerada, tanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni (SINDISETO) quanto pelos servidores, insuficiente.
“A matéria contemplou alguns servidores da Educação, mas não contempla a todos com o mesmo percentual. Há casos de servidores que vão ganhar irrisórios R$10 de reajuste e alguns, zero de aumento”, explicou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes.
“Na Assembleia foi feita uma avaliação do movimento grevista e realizadas duas votações, uma com os profissionais do Magistério e outra com os demais servidores. Em ambas, a resposta, por unanimidade, foi pela continuidade da greve”, contou Alano Gomes.
Antes da Assembleia, Alano Gomes teve a companhia do presidente da FESERP-MG (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos municipais de Minas Gerais), Cosme Nogueira, em uma reunião com os vereadores da base política do prefeito Daniel Sucupira (PT) e alguns professores. Na ocasião foi praticamente agendada uma nova reunião entre a Prefeitura e o Sindicato, na semana que vem e com a presença dos vereadores, com a possibilidade da apresentação, pela Prefeitura, de uma proposta para os servidores.
Uma nova manifestação está agendada para a quarta-feira, 4, às 8h da manhã.
(Fonte: Sindiseto)