Sindicato afirma que a greve segue por tempo indeterminado. Prefeitura alega que atraso está ocorrendo devido a queda de receita.
Servidores municipais de Ipatinga realizaram na manhã desta segunda-feira (20) uma manifestação em frente ao prédio do Executivo da cidade. A classe decidiu pela greve após uma assembleia realizada na última quarta-feira (15).
Eles reivindicam uma resposta da Prefeitura sobre a recomposição salarial, pagamentos das férias atrasadas, de uma data fixa para o recebimento dos salários mensais e o pagamento integral do 13º salário de todos os servidores.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipatinga (Sintserpi), Marcione Andrade afirma que o município ainda não se posicionou sobre as demandas dos servidores e que, por isso, a greve segue por tempo indeterminado.
“A única resposta que até agora a prefeitura deu ao trabalhador é de que não vai regularizar os pagamentos de férias. Do jeito que está não tem condições de continuar”, reclamou.
Devido a greve, apenas 30% dos funcionários da Unidade de Pronto Atendimento, do Serviço de Atendimento Médico (Samu) e do Hospital Municipal estão trabalhando. Segundo o sindicato, os posto de saúde estão operando com um número reduzido de servidores.
O servidor público Agnaldo José Coelho trabalha em um posto de saúde e está com três férias vencidas e sem receber uma parte do 13º. Para ele, enquanto a situação não for resolvida, não tem como atender a população.
“Quem sofre com esse problema é a comunidade. Quando eles precisarem de algo urgente terão que recorrer a Upa e ao hospital municipal. A maioria dos postos de saúde devem aderir a greve. Lamentável, mas também não podemos trabalhar sem receber nossos direitos”, esclareceu.
Prefeitura diz que mantém diálogo
A prefeitura informou por meio de nota que os municípios brasileiros estão enfrentando uma das piores crises da história. A constante queda de receitas tem impedido a quase totalidade das cidades de cumprirem seus compromissos.
Ainda segundo a nota, a Prefeitura de Ipatinga tem priorizado o pagamento dos servidores, como sempre fez desde 2013, mas depende da evolução das receitas municipais para poder atender às reivindicações dos trabalhadores, inclusive com relação a alguns direitos em atraso, como o pagamento de férias e complementações de aposentadorias.
Por fim, a administração municipal afirma que mantém aberto o diálogo com os sindicatos e se compromete a buscar alternativas para o atendimento das reivindicações da categoria.