Navegadores do antigo mundo diziam a seguinte frase: “navegar é preciso; viver não é preciso”; parafraseando-os eu digo que “sobreviver é preciso, viver simplesmente não é preciso”. Saiba que eu penso que não está em nós o direito de nos acovardar diante dos desafios da vida.
Esclareço que a minha afirmação “sobreviver é preciso”, é muito mais que um viver a qualquer custo, aos “trancos e barrancos”, se arrastando pela vida, e sim um sobre viver. Ou seja, viver acrescentando a preposição “sobre” e dando-lhe o seu verdadeiro significado: “acima de”. Acima de que? Acima de uma vida rasteira; isto é: um viver em ótimas condições de trabalho, saúde e felicidade e de cabeça erguida; viver uma vida abundante, aquela vida mencionada por Cristo na Bíblia Cristã, no livro de João.
Lembre-se diariamente ao levantar que você foi criado de forma única e exclusiva, que você possui no seu DNA a marca da imortalidade e, não difere de qualquer outro ser humano que existiu, exista ou venha a existir.
O ano se inicia e o clima que paira na atmosfera é de renovação, de novas expectativas e de muito ânimo. Esse clima deveria ser em todos os dias do ano, pois todos os dias acontece um novo início tal qual do 31 de dezembro para o 1º de janeiro. Para isso, você precisa se despir das amarguras diárias cotidianamente, não as deixar se acumularem, tornando-se numa crosta suja, malcheirosa e pesada.
Eu sei o quão difícil é renovar a esperança diariamente, mas é simples quando priorizamos fazê-lo, transformando isto em um hábito de vida. Agora, o significado de esperança me faz pactuar com o que disse Paulo Freire citado por Mário S. Cortella: “Esperança é do verbo “esperançar”, porque tem gente que tem esperança do verbo “esperar”, e essa não é a esperança, é pura espera”. A verdadeira esperança caminha e batalha por aquilo que se deseja alcançar.
Não adianta viver choramingando e lastimando o passado. Não importa o momento histórico, cultural ou econômico em que você vive, se você tem esperança e faz a sua parte você está de acordo com a máxima: “É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão”. Pode ter certeza que, assim agindo, estará no caminho correto. Quanto mais velas acendermos mais rápido expulsaremos a escuridão!
Márcio Barbosa dos Reis
Membro da Academia de Letras de Teófilo Otoni e auditor fiscal da Receita Estadual
E-mail: marciobareis@outlook.com
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