No Diário Tribuna:
A diretora da 37ª Superintendência Regional de Ensino, Maria Helena Costa Salim, confirmou esta semana que a Escola Estadual Lourenço Porto, situada na Vila São João, será mesmo fechada. A notícia caiu como uma bomba para alunos e seus familiares, pois lá funciona escola de tempo integral e muitos pais terão dificuldades em conseguir outro educandário para os filhos nas proximidades de suas residências.
Muitos não têm condições financeiras de arcar com despesas de transporte escolar para conduzir os filhos a escolas longe do bairro. Na manhã de segunda-feira (27/11) houve uma manifestação na porta da escola. Os pais protestaram e clamaram para o não fechamento da escola, pois será bastante prejudicial e vai trazer muito transtorno.
“Na realidade, esse fato está ocorrendo, sim. A Escola Lourenço Porto, hoje em 2017, tem apenas 87 alunos. Em 2018, aí temos que fazer análise, porque sai o 5º ano e ela não está tendo entrada; isso já foi feito todo estudo de fluxo; ela vai ficar em 2018 com uma média de sessenta e poucos alunos. Uma escola urbana da rede estadual funciona no mínimo, acima de 100 alunos. Com sessenta e poucos alunos é impossível manter uma estrutura de escola funcionando, se no entorno dela tem várias outras escolas que poderão receber os alunos”, disse Maria Helena Salim.
Ela frisou que isso já ficou definido num plano de atendimento para 2018. Que já foi à escola, teve reunião com todos os segmentos, que tanto os servidores sabem e os efetivos já tiveram a oportunidade até de fazer escolha para onde vão. Os pais também foram informados, participaram de reunião com a Superintendência e ficaram todos chateados e preocupados. “Esse fechamento da escola era para ter acontecido em 2015. Quando eu assumi, eu pedi que desse um tempo pra gente fazer uma escola polo de tempo integral; fizemos, colocamos 100% de tempo integral, mas isso não corrigiu o fluxo, número de alunos na escola; manteve com a mesma precariedade”.
A superintendente voltou a dizer que a cada ano a escola vem perdendo alunos e chegou num ponto crítico que não dá mais para mantê-la. “Os alunos serão encaminhados para escolas mais próximas; Já foram ofertadas vagas para os pais. Aos servidores efetivos também já foram ofertadas vagas nas escolas que eles têm interesse de ir. Qualquer outro esclarecimento nós estamos à disposição na Superintendência Regional de Ensino”, disse Maria Helena.
Com relação ao espaço, segundo Maria Helena, está sendo estudado a possibilidade de criar um centro de formação Dr. Lourenço Porto, e se isso não for possível, e sendo de acordo com o município, poderá ser aberto no local um centro de educação infantil Dr. Lourenço Porto para atender à demanda reprimida de educação infantil. Isso tudo dependerá da aprovação da Secretaria Estadual de Educação.
