Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, suspeito de matar a ex-mulher Tereza Cristina Peres, de 44, e o filho dela Gabriel Peres, de 22, foi preso nesta quarta-feira (31) em Belo Horizonte. Ele estava em um carro perto do Fórum Lafayette, no Barro Preto, na Região Centro-Sul da capital, com a arma do crime. O homem foi encontrado depois de a polícia receber informações que ele estava na região, em um carro preto. De acordo com os investigadores, no momento da prisão, ele alegou que estava indo se encontrar com o advogado para se apresentar à polícia. No entanto, o advogado já estava na delegacia.
Antes de ser preso, Paulo Henrique rodou com o carro por Pará de Minas (Centro-Oeste), Pedro Leopoldo e Nova Lima (Grande BH), e em vários bairros de Belo Horizonte. A prisão foi decretada, nesta manhã, pela Justiça mineira. O pedido havia sido feito pelo Polícia Civil, que investiga o caso. De acordo com a corporação, a medida é essencial para as investigações porque, depois das duas mortes, o principal suspeito dos crimes havia desaparecido.
A solicitação era de prisão temporária, que tem prazo de cinco dias, e foi protocolada no plantão forense da polícia, durante a madrugada. Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, o Ministério Público analisou o pedido e requereu a detenção temporária ou preventiva, de maior prazo. De acordo com o laudo de necropsia, Tereza foi atingida por quatro tiros: três no tórax e um na cabeça.
O crime
Mãe e filho foram assassinados a tiros, no meio da rua, quando voltavam da academia, no bairro Ipiranga, na Região Nordeste de Belo Horizonte, na noite de segunda-feira (29). Os corpos eram velados nesta quarta no Cemitério da Paz e devem ser enterrados às 16h. Familiares relataram que Paulo Henrique não aceitava o fim do casamento e ameaçava Tereza. Ela havia registrado pelo menos nove boletins de ocorrência contra o ex-marido.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30), a Polícia Civil informou que, em março deste ano, pediu a prisão de Paulo Henrique da Rocha, mas a Justiça negou. “O pedido de prisão foi baseado na divulgação de fotos íntimas e de criação de perfil falso, foi concedida a medida judicial cabível que era a busca e apreensão do aparelho eletrônico”, disse a a juíza Maria Aparecida Consentino, do 1º Juizado da Violência Doméstica.
Para a delegada Isabella Franca, no entanto, “a prisão do agressor era importantíssima”. Tereza Cristina tinha três medidas protetivas contra o suspeito: em novembro de 2017, por agressão e dano material; em janeiro de 2019, por agressão física com lesão corporal; em fevereiro de 2019, por ameaça e fake news – quando o suspeito criou um perfil falso da vítima no Instagram.
Ainda conforme a polícia, várias tentativas de oficiar o suspeito foram feitas, mas sem sucesso. Em abril deste ano, ele foi ouvido e informado sobre as medidas protetivas. Ele negou todas as ameaças e a criação do perfil falso na rede social.
O suspeito responde a cinco inquéritos – um envolvendo Tereza Peres e outros quatro referentes a outras quatro mulheres. Ele também responde por porte ilegal de arma e a dois por ameaçar duas ex-namoradas, em 2007 e 2014.
(Fonte: Fernando Zuba, TV Globo e G1 Minas)