O foco dos primeiros passos do novo governo é o ataque à crise econômica. O peemedebista assumiu o compromisso de reequilibrar as contas públicas e tratou as Parceria Público Privadas como forma de incentivar a criação de empregos.
O presidente interino Michel Temer convocou para as 9h desta sexta-feira a primeira reunião ministerial para discutir as medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana. O encontro será no Palácio do Planalto. Com o afastamento quinta-feira de Dilma Rousseff, Temer assumiu, por até 180 dias, o comando o país e já deu posse aos novos ministros.
O foco dos primeiros passos de Temer é o ataque à crise econômica. Em seu primeiro discurso ontem como presidente interino, o peemedebista assumiu o compromisso de reequilibrar as contas públicas, mandou recados ao mercado e aos setores produtivos e tratou das chamadas Parceria Público Privadas como forma de incentivar a criação de empregos. “Não podemos mais falar em crise. É preciso trabalhar”, afirmou.
De acordo com o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, os projetos prevendo reajuste para o funcionalismo público e negociados com o governo anterior serão mantidos. “Vamos trabalhar pela aprovação desses projetos, porque pacto firmado tem de ser cumprido e governo tem de ter palavra.”
A proposta é trabalhar para reduzir o número de cargos de confiança, melhorar e qualificar as despesas do governo, destacou Jucá. “O gasto público tem de ser feito com responsabilidade. O dinheiro é pouco. Portanto, tem de ser bem aplicado em prol da melhoria da população.”
Discurso – O primeiro pronunciamento oficial como presidente interino do país, Michel Temer chamou de “ingrato” o momento político e econômico por que passa o Brasil. No entanto, defendeu que agora não é mais hora de se falar em crise, “mas em trabalhar”. Ele disse que o maior desafio para que a economia brasileira saia da recessão “é parar o processo de queda livre dos investimentos”, sendo necessário para isso construir um ambiente propício para investidores.
“Nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, disse, em discurso no Palácio do Planalto”, destacou. “O mundo está de olho no país, e havendo condições adequadas, a resposta será rápida”, acrescentou.
Temer aproveitou seu primeiro discurso como presidente para salientar que manterá programas sociais, como o fez, segundo suas palavras, em letras garrafais. “Sabemos todos que o Brasil ainda é um país pobre. Portanto, reafirmo que vamos manter o Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa Minha Vida, entre outros projetos que deram certo”. E prosseguiu: “Precisamos acabar com a crença de que, assumindo outrem, destrói-se o que foi feito. Vamos prestigiar o que deu certo”.
(VEJA)