O fato é histórico: é a primeira vez em que elas puderam não só votar, mas também se candidatar
Na ultraconservadora Arábia Saudita, a candidatura e o voto das mulheres sempre foram terminantemente proibidos. Até esta última eleição, realizada ontem, em que 900 delas tentaram lugar na política. O resultado foi parcialmente divulgado e já traz um fato histórico: pelo menos treze mulheres foram eleitas, segundo a agência oficial saudita. Entre elas, Salma Bent Hizab Al Oteibi conquistou uma cadeira no Conselho Municipal de Madrakah, na região de Meca, a cidade mais sagrada do Islã, e Hanouf bint Mufreh bin Ayad al-Hazimi ganhou em al-Jawf, no norte do país. As candidatas venceram em oito províncias, segundo resultados apresentados pelas comissões eleitorais de cada região e publicados em meios de comunicação oficiais.
A Arábia Saudita, que vive sob a tutela de uma versão rigorosa do Islã, é um dos países mais restritivos do mundo às mulheres. Elas não têm direito de dirigir e precisam da aprovação de um homem para trabalhar ou até mesmo viajar. Nesse sentido, as atuais eleições são um primeiro lampejo de avanço.
(Com AFP e Agência Brasil)