Polícia apreendeu um colete de explosivos, uma mochila cheia de explosivos e uma bomba com bolas de metal.
A polícia turca deteve duas pessoas em Ancara suspeitas de serem membros do grupo Estado Islâmico (EI) e de preparar um atentado suicida durante as comemorações do Ano Novo, indicou nesta quarta-feira um dirigente turco à AFP. “Suspeitamos que são membros do EI e que planejavam um atentado na capital no Ano Novo”, afirmou a fonte sem se identificar.
A polícia antiterrorista prendeu os dois indivíduos no bairro de Mamak, periferia da capital, informou o canal NTV. Os detidos planejavam realizar um atentado na praça central de Kizilay, onde todos os anos se reúnem milhares de pessoas para celebrar a chegada do Ano Novo, indicou a agência estatal Anatólia, citando o gabinete do procurador. Identificados como M.C e A.Y, eles pretendiam atacar em dois pontos distintos de Kizilay, diante de um grande centro comercial e em uma rua cheia de bares.
A polícia apreendeu um colete de explosivos, uma mochila cheia de explosivos e uma bomba com bolas de metal, segundo a mesma fonte. A Turquia se encontra sob forte vigilância desde 10 de outubro, quando um duplo atentado suicida causou a morte de 103 pessoas durante uma manifestação pacífica em Ancara.
Esse ataque, o pior atentado na história recente da Turquia, foi atribuído ao EI, assim como os outros dois cometidos antes no sudeste de maioria curda na Turquia. Em 5 de junho, quatro pessoas morreram em um atentado contra um comício da principal formação pró-curda, o Partido Democrático dos Povos (HDP) e, em 20 de julho, 33 pessoas morreram em um atentado suicida na fronteira com a Síria.
As autoridades turcas multiplicaram nos últimos meses as operações contra as chamadas “células adormecidas” do grupo jihadista em todo o país. Ancara também estabeleceu uma lista de mais de 26.000 potenciais jihadistas que não podem entrar no país, segundo as mais recentes estatísticas governamentais.
Na véspera, outros dois suspeitos de também preparar atentados durante o Ano Novo foram presos em Bruxelas, em operações policiais que revelaram sérias ameaças contra vários locais simbólicos da capital belga durante as festas de fim de ano. “A investigação revelou sérias ameaças de atentados contra vários locais de Bruxelas”, indicou a promotoria em um comunicado.
As prisões aconteceram após operações da polícia no domingo e na segunda-feira em Bruxelas, em Brabant e na região de Liège, à pedido de um juiz de instrução. Não foram encontrados armas ou explosivos, mas os investigadores apreenderam material informático, roupas de treinamento militar e material de propaganda do grupo Estado Islâmico que estão sendo analisados.
Neste contexto, o organismo que avalia a ameaça terrorista na Bélgica, Ocam, elevou na segunda-feira o nível de alerta para a polícia e presença militar em Bruxelas, que poderiam ser alvos simbólicos. Bruxelas decretou estado de alerta em 3 de novembro, um nível abaixo do máximo. Além do reforço das medidas de segurança em locais muito frequentados, as autoridades decidiram não abrir escolas ou estações de metrô, paralisando a cidade por quatro dias.
As autoridades judiciais não revelaram qualquer detalhe sobre a identidade dos presos e não indicaram o local em que foram detidos, já que a investigação prossegue. Como parte da investigação dos ataques de Paris em 13 de novembro, nove pessoas foram indiciadas na Bélgica, mas vários suspeitos seguem foragidos.
Fonte: Estado de Minas