Empresas como AT&T, GameStop e RadioShack têm multiplicado seu faturamento nos EUA com a venda de itens como carregadores de celular.
Por Lucas Ribeiro
Varejistas de produtos eletrônicos e de celulares estão vendo um salto de vendas de equipamentos para recarga de bateria desde que Pokémon Go foi lançado nos Estados Unidos há duas semanas. Agora, as empresas estão buscando mais formas de faturar com o game.
AT&T, GameStop e RadioShack estão vendo aumento nas vendas de carregadores de bateria desde que o jogo foi lançado nos EUA, em 6 de julho. A GameStop viu um aumento de 45% nas vendas e a RadioShack teve alta de 50%, afirmaram executivos das redes de varejo à agência Reuters.
Encorajados pela alta nas vendas, os varejistas estão usando mídias sociais, estações de recarga gratuita de bateria e mesmo estandes de venda de limonada para atrair jogadores próximos para suas lojas.
O jogo de realidade aumentada distribuído pela Nintendo conseguiu até agora mais de 65 milhões de usuários nos EUA, apenas sete dias depois de ter sido lançado.
Apesar de o jogo ainda não ter sido aberto para publicidade de marcas, GameStop, RadioShack e Sprint estão encontrando formas de capitalizar o frenesi criado pela caça de Pokémons atraindo clientes para suas lojas. Não é um feito sem importância em um momento em que as vendas de lojas físicas estão encolhendo por causa da competição de gigantes do varejo online, como a Amazon.
A dúvida, porém, é se a mania vai durar, disse o vice-presidente de receita e marketing da RadioShack, Michael Tatelman. “É incrível alguém ir e caçar esses monstrinhos em sua loja”, disse o executivo. “A questão é se isso continuará sendo atraente.”
Para incentivar a ida de clientes às suas lojas, a RadioShack, que fez um pedido de recuperação judicial em 2015, tem usado mídias sociais para fazer promoções sobre carregadores de celulares, já que o Pokémon Go drena a bateria dos aparelhos ao usar recursos como internet sem fio e conexão por GPS.
A Sprint, que também está dando desconto em carregadores de bateria, distribuiu manuais de treinamento de Pokémons para que cada uma de suas 2.000 lojas nos EUA tenha um especialista no jogo para ajudar jogadores iniciantes.
Os gerentes das lojas da Sprint em alguns casos até criaram barracas de limonada perto de “Poke Stops” localizadas nas imediações de suas lojas. “Poke Stops” são locais selecionados aleatoriamente onde os jogadores podem recolher novas “pokebolas” para aumentar o nível de poder no jogo.
Uma hora depois de a Sprint ter mandado tuíte dizendo que uma de suas lojas em Kentucky era uma Poke Stop, uma multidão de crianças e pais apareceu no local para capturar pokémons e comprar acessórios, disse Katey Chamblin, diretora de operações de vendas na Sprint.
Fonte Veja.com