Venda de veículos cai 20,7% no primeiro semestre, diz Fenabrave

Venda de veículos cai 20,7% no primeiro semestre, diz Fenabrave

Com venda de 1,31 milhão de unidades entre janeiro e junho, setor registra o pior resultado desde 2007, quando 1,08 milhão de unidades foram vendidas.

As vendas de veículos novos no Brasil totalizaram 1,31 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano, queda de 20,68% sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fenabrave, associação que representa distribuidores. É o pior resultado para o período desde 2007, quando 1,08 milhão de unidades foram vendidas. Entre janeiro e julho de 2014, foram vendidas 1,66 milhão de unidades.

Somente em junho, as vendas de carros, caminhões e ônibus caíram 19,36% ante o mesmo mês de 2014, a 212.535 unidades. Por segmentos, as vendas de automóveis e comerciais leves somaram 204.627 unidades no mês passado, queda de 18,35% na comparação anual. A queda nas vendas de caminhões foi mais acentuada, de 41,4%, para 6.201 unidades vendidas, enquanto as vendas de ônibus diminuíram 27,2% na mesma comparação, para 1.698.

A entidade reduziu novamente sua previsão para o desempenho do setor em 2015. A retração estimada para as vendas de automóveis e comerciais leves em 2015 passou de 18% para 23%, a 2,563 milhões de unidades. Já para caminhões e ônibus, o recuo esperado passou de 37,2% para 41%, a 99.731 unidades.

“A economia está parada”, disse a jornalistas o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr. “A falta de confiança do consumidor é o que é pior para nós.” A previsão da entidade é que as concessionárias de veículos terminem o ano com cerca de 20 mil demissões.

Crise – Sem ver sinais de recuperação no mercado, as montadoras seguem adotando medidas de corte de produção, na tentativa de reduzir estoques, que continuam elevados. Atualmente, há cerca de 35,8 mil trabalhadores em férias coletivas, licença ou lay-off (suspensão dos contratos de trabalho), o equivalente a 25% de toda a mão de obra das montadoras.

Nesse grupo estão os 8 mil trabalhadores da produção da Volkswagen, que foram dispensados nesta quinta e na sexta. A empresa também colocará em lay-off 2.357 funcionários a partir de segunda-feira, por cinco meses. De janeiro a maio as fabricantes já demitiram 6,3 mil trabalhadores e empregava, até aquela data, 138,2 mil pessoas. (Com agência Reuters)

Fonte: VEJA



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