Vendas do Dia dos Namorados têm pior desempenho em dez anos

Vendas do Dia dos Namorados têm pior desempenho em dez anos

Queda nas vendas foi de 9,5% frente ao ano anterior, pior marca desde 2006, quando começou a série histórica da Serasa Experian.

Dia dos Namorados é terceira data mais relevante para o varejo brasileiro em termos de vendas	 (Francois Lenoir/Reuters/VEJA)
Dia dos Namorados é terceira data mais relevante para o varejo brasileiro em termos de vendas (Francois Lenoir/Reuters/VEJA)

As vendas no Dia dos Namorados, terceira data mais relevante para o varejo brasileiro, registraram pior desempenho desde 2006. De acordo com a Serasa Experian, as vendas no país na semana da data – de 6 a 12 de junho – recuaram 9,5% ante o mesmo período do ano anterior, o pior desempenho em dez anos, quando começou a série histórica. Já no final de semana (10 a 12 de junho), houve queda de 10,7% na comparação com o final de semana equivalente de 2015 (5 a 7 de junho).

Somente na cidade de São Paulo, conforme a Serasa, as comercializações na semana diminuíram 8,9% e no final de semana, 8,6%. Os economistas da empresa explicam que o crédito mais escasso e mais caro, a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista a escalada do desemprego, e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o movimento varejista no Dia dos Namorados deste ano.

A prazo – Já o indicador calculado pelo SPC Brasil e CNDL, as vendas a prazo, caíram 15,23% entre os dias 5 e 11 de junho no país na comparação com o mesmo período de 2015, o pior resultado dos últimos sete anos. Conforme as entidades, desde 2011 o comércio vem desacelerando o seu ritmo de crescimento para a data, sendo que nos últimos dois anos as vendas haviam registrado resultado negativo. Em anos anteriores, as variações foram de -7,82% (2015), -8,63% (2014), +7,72% (2013), +9,08% (2012), +10,80% (2011) e 7,00% (2010).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota, “a intenção de presentear ainda é alta, mas neste ano houve um redirecionamento para os presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, tendo em vista que os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas”.

(Com Estadão Conteúdo)



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