Uma das várias incertezas que a pandemia do novo coronavírus trouxe diz respeito ao sistema de educação. Em Minas Gerais, as aulas presenciais na rede estadual estão suspensas desde 18 de março deste ano e não há previsão de retorno. O governador Romeu Zema (Novo) condiciona uma volta somente caso o número de casos e de mortes devido à COVID-19 no estado comecem a diminuir semanalmente.
“Se vermos que o número de casos, óbitos, só está caindo, que temos leitos suficientes para atender todo mineiro, eu diria que é viável o retorno das aulas. Lógico, tomando todos os cuidados. Pelo que tenho acompanhado, vários estados estão tomando quase que medidas como revezamento, 30%, 40% dos alunos frequentando aulas. Mas com crianças é muito difícil”, afirmou Zema, em entrevista ao Estado de Minas.
O governador também condicionou um possível retorno à situação do estado no mês de julho. No dia 15 desse mês, está previsto pelo governo o pico do número de casos da doença no estado.
“É uma preocupação nossa não voltar as aulas, porque o ensino não é tão bom quanto o presencial, e também é uma preocupação voltar às aulas, porque vamos precisar encontrar uma forma de que isso seja feito de forma segura. Mas estamos planejando a melhor alternativa, e vai depender muito dessa curva agora no mês de julho que estaremos acompanhando”, completou Zema.
O governo propôs o modelo de aulas remotas, via internet e TV para os cerca de um milhão e 700 mil estudantes da rede estadual pública. Zema reconheceu que as atividades presenciais não surtem o mesmo efeito das distanciadas, além de diversos problemas relacionados à condição social dos alunos, mas disse que o poder público esgotou as possibilidades de o ensino seguir.
“Sabemos que muitos alunos não têm wi-fi em casa, internet. Por isso mesmo disponibilizamos aulas pela Rede Minas, TV Assembleia, que chegam a um número de lares que não tem internet, mas tem TV. E também disponibilizamos o material didático impresso”, afirmou o governador. As aulas remotas estão em vigor desde 18 de maio.
(Com informações de Benny Cohen, João Vítor Marques e